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Edição de Sábado: Marcha lenta

Por Guilherme Werneck

EUA: Comissão parlamentar acusa Trump de incitar golpe de Estado

O ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro, quando o Congresso dos EUA homologou a vitória de Joe Biden, foi uma tentativa de golpe de Estado liderada pelo então presidente Donald Trump. Essa foi a conclusão apresentada ontem pela comissão parlamentar na primeira audiência pública para apresentar o resultado de suas investigações. Ao longo de um ano, os sete parlamentares de ambos os partidos ouviram mais de mil testemunhas e analisaram cerca de 1,4 mil documentos. Na audiência foram apresentados vídeos inéditos da violência, além de gravações de depoimentos. “A violência não foi acidental”, disse o presidente da comissão, o democrata Bernie G. Thompson. “Ela representou a última e mais desesperada tentativa de Trump de impedir a transferência de poder”. (Washington Post)

Bolsonaro: desequilibrado, histérico, chiliquento

A semana foi marcada pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, pelas pesquisas eleitorais que apontam Lula vencendo no primeiro turno e por tantas outras notícias que comprovam que, como diz Mariliz Pereira Jorge, De Tédio a Gente Não Morre. E quem também apareceu bastante, demonstrando todo o seu destempero, foi o presidente Jair Bolsonaro, em discursos com zero inteligência emocional.

3 pesquisas mostram Lula no limiar de vencer no 1º turno

A quarta-feira foi marcada pela chegada de três novas pesquisas eleitorais — todas reforçando as chances crescentes de o ex-presidente Lula (PT) vencer no primeiro turno. É exatamente o que aconteceria se as eleições fossem hoje pelo levantamento da Quaest, em que o petista aparece com quase 53% dos votos válidos. O segundo turno, afinal, ocorre quando o candidato líder tem menos da metade dos votos válidos. Se seu total é maior do que a soma dos votos recebidos por todos os outros a vitória é garantida na primeira volta. Os números das outras duas pesquisas apontam para o limiar desta possibilidade. No PoderData ele teria 48% dos votos válidos e, no Ipespe, 47,9%.

Junho, em teoria, é o mês do orgulho LGBTQIA+

Junho é o mês das diversas paradas e manifestações de orgulho gay. É um mês para representar e nos lembrar de lutar pela igualdade nos direitos humanos. Em Poções, na Bahia, uma criança de apenas 12 anos tem seus direitos negados numa escola fundamental. Mas tivemos mais acontecimentos na última semana, como ilustrações digitais de macacos que foram roubadas - as NFTs.

Falta um partido popular de direita

É cedo para afirmar que Jair Bolsonaro deixará a presidência da República quando o ano virar para 2023 — as urnas só fecham no segundo turno em 30 de outubro — mas este é o cenário mais provável. O bolsonarismo, porém, não vai acabar. Tanto Ipec quanto Datafolha identificaram que uns 30% dos brasileiros abraçam valores claramente de direita. São ultraconservadores quando definem casamento, radicalmente contra o aborto, favoráveis à facilitação do acesso a armas, veem com simpatia o encontro entre religião e política. É uma peculiaridade desta nossa Terceira República, inaugurada pela Constituição de 1988, que jamais tenhamos tido um partido forte de direita. Mas isso não quer dizer que o eleitorado não exista. Nos últimos anos, justamente porque não havia um partido assim, estes brasileiros se congregaram no entorno de um líder populista e carismático. O que acontecerá quando Bolsonaro deixar o poder com estes seus eleitores?

Bolsonaro em dia de ira ataca STF e imprensa

A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR) provocou no presidente Jair Bolsonaro (PL) um ataque de fúria intenso até para seus padrões. Ele participou ontem do lançamento do programa “Brasil pela vida e pela família”, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, mas praticamente ignorou o tema em seu discurso. Em vez disso, atacou a fala do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edison Fachin, de que a eleição é assunto das “forças desarmadas”. “Eu que sou chefe das Forças Armadas. Nós não vamos fazer o papel de idiotas. Eu tenho a obrigação de agir”, afirmou. Bolsonaro reclamou muito da condenação de Francischini, cassado por disseminar notícias falsas contra as urnas eletrônicas, conduta que o presidente repete continuamente. No Dia Nacional da Liberdade e Imprensa, Bolsonaro acusou veículos jornalísticos de serem “fábricas de fake news” e sugeriu seu fechamento. Bolsonaro insinuou ainda que não cumpriria ordens do STF. (UOL)

Fazer política em meio à violência, com Manuela D’Ávila

Essa semana no Conversas com o Meio, Manuela D'Ávila explica por que não vai ser candidata este ano e, também, como é fazer política em meio à violência do "Brasil bolsonarista". __ CONVERSAS COM O MEIO

Mendonça interrompe julgamento e salva deputado bolsonarista

Durou apenas um minuto o julgamento no Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) do recurso contra a decisão monocrática de Kassio Nunes Marques suspendendo a cassação pelo TSE do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (UB-PR). Tão logo a votação foi aberta, André Mendonça, o outro ministro indicado à Corte por Jair Bolsonaro, pediu vista e interrompeu o processo. Com a manobra, Nunes Marques fica livre para levar o caso para a sessão de hoje da Segunda Turma sem a pressão dos votos dos outros ministros. Ele preside a Turma, integrada pelo próprio Mendonça e por Gilmar Mendes, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. Como os prazos de vista raramente são cumpridos, caso o ministro terrivelmente evangélico interrompa o processo também na Segunda Turma, Francischini ficará livre para cumprir até o fim do ano seu mandato. (UOL)