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Gabeira analisa passado, presente e futuro do PT no governo

O primeiro Conversas com o Meio de 2023 recebe o jornalista Fernando Gabeira, que revela suas valiosas impressões sobre o terceiro mandato do presidente Lula. Gabeira aponta como o passado recente pauta as decisões do petista desde a posse. Com toda sua experiência na política, o também ex-deputado federal explica como chegamos no fundo desse buraco que vivemos e se, neste pós eleições, a democracia brasileira ainda está ameaçada. Confira neste bate-papo! __ CONVERSAS COM O MEIO

A Terra voltou a ser redonda. E política!

No ano e no governo que se iniciam, as forças estão se rearranjando rapidinho, dentro das leis da física e da política. E a imprensa está tendo que reaprender a cobrir um governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que já começa com uma oposição desproporcional do tal “mercado”. Bem-vindos de volta à democracia!

Dino quer federalizar investigação do assassinato de Marielle

“Uma questão de honra do Estado brasileiro.” Foi assim que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, definiu, ao assumir ontem o cargo, a solução do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), irmã da ministra a Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Centro do Rio em 14 de março de 2018. Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos e aguardam julgamento como autores do crime, mas até hoje, após três trocas de comando nas investigações pelo MP e a entrada de um quinto delegado no caso, não se avançou na busca pelos mandantes do assassinato. Para cumprir a promessa, Dino vai atender a uma antiga reivindicação das famílias das vítimas e colocar a Polícia Federal à frente das investigações. (g1)

Que Brasil vimos na terceira posse de Lula?

A rampa foi superada, a Esplanada ocupada. Um outro país se anunciou com a inauguração do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do Palácio do Planalto. Na área central de Brasília, o Brasil se encontrou para comemorar o fim de um governo desastroso - e torcer pelo sucesso de um novo, que se formou a partir de uma ampla frente.

Lula assume com ‘revogaço’ e discurso de união

Uma criança negra, um líder indígena, uma catadora, uma cozinheira, um professor, um artesão, um operário e uma pessoa com deficiência. Nas ausências anunciadas de Jair Bolsonaro, que deixou o país, e de Hamilton Mourão, que se recusou a participar da cerimônia, coube a representantes do povo entregar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse ontem para seu terceiro mandato como presidente da República diante da multidão que ocupava a Praça dos Três Poderes. Pelo menos um deles era uma figura internacionalmente conhecida, o cacique kayapó Raoni, de 90 anos. Além de encerrar o mistério sobre a passagem da faixa, a presença de pessoas do povo combinou com o discurso que o presidente leu no local (íntegra na BBC). Ele se emocionou duas vezes: ao falar do tempo em que esteve preso e da volta da fome ao cotidiano dos mais pobres. “Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando o lixo em busca de alimento para seus filhos, famílias inteiras dormindo ao relento – enfrentando o frio, a chuva e o medo –, crianças vendendo bala e pedindo esmola enquanto deveriam estar na escola”, disse, reafirmando o compromisso com o combate à desigualdade. Além dos representantes do povo, Lula estava acompanhado da primeira-dama Janja da Silva, do vice Geraldo Alckmin e da mulher deste, Lu Alckmin. (g1)

Alckmin aproveita posse para restaurar relações com parceiros internacionais

De Brasília

Pelé, o inalcançável

Quando lhe mostrei a ampliação em tamanho grande da foto em preto e branco, Pelé abriu um sorriso. Era um instante congelado de seu gol de cabeça contra a Itália na final da Copa de 1970, o primeiro da vitória de 4 a 1 que selou a campanha do tricampeonato mundial do Brasil no México: o zagueiro voltando ao chão, o Rei do Futebol desafiando a gravidade para permanecer mais um segundo lá no alto antes de fuzilar a meta de Albertosi.

Edição de Sábado: O primeiro choro

Maria Altamira** chega cedo para ajudar Mãe Chica porque não é nada, não é nada, mas dá trabalho fazer o bolo que ela sempre faz para o Natal. Mas a mãe não gosta de ajuda na cozinha; Maria insiste. “Olha a sua idade, mãe! Não quero te ver cansada na hora do jantar. Aliás, quem vem? Só o Lino, a madame insuportável e o pirralhinho mimado?” “Não fale assim, filha. Lino é seu irmão”. Maria já ia dizer, “Meu não, eu sou adotada,” mas mordeu a língua bem a tempo de não magoar Mãe Chica, que a criou como filha. Chica continua, “Só chamei vocês, mas Lino avisou que vai passar rapidinho porque o Natal mesmo vai ser na casa dos sogros.” “Bravo!”, responde Maria. “Com a graça de Deus, ele tem sogros, gente de bem, patriotas, respeitadores dos costumes, defensores da pátria, defensores do monstro que é a Usina de Belo Monte” e faz uma continência, revirando os olhos para a mãe. “Por favor, não quero brigas, discussões nem caçoadas hoje. Quero paz neste Natal.” “Vai ter paz, juro que vou ficar só brincando com o mimadinho, trouxe até um presente pra ele, um arco e flecha Yudjá.” Chica suspira fundo, enquanto Maria ri, “Ah, mãe, não ponha maldade nisso. É só um presente. O pai e a mãe podem não gostar, mas o pirralho vai adorar.” “Meu neto tem nome, viu?” “Ah, desculpa. Juro que não vou estragar sua noite.” Outro suspiro: “Sei. Agora, se tu quer mesmo me ajudar, pega a forma grande ali debaixo da pia.”

Até aqui, um governo com cara de PT e sem frente ampla

O gabinete do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começou a ganhar ontem o contorno de diversidade étnica e de gênero prometido, mas ainda não representa a frente ampla que o apoiou na estreita vitória do primeiro para o segundo turno. Lula apresentou oficialmente 16 novos ministros, três dos quais já eram conhecidos: Margareth Menezes na Cultura, Luiz Marinho no Trabalho e Camilo Santana na Educação. Atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade  vai para a Saúde; a jornalista Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL-RJ), será ministra da Igualdade Racial; Alexandre Padilha vai para Relações Institucionais; Márcio Macêdo, para a Secretaria-Geral da presidência; Jorge Messias (o “Bessias” de Dilma) será o advogado geral da União; Esther Dweck irá para a pasta da Gestão; o ex-governador paulista Márcio França para Portos e Aeroportos; Luciana Santos, presidente do PCdoB, para Ciência e Tecnologia; Cida Gonçalves para o Ministério das Mulheres; o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) para o Desenvolvimento Social, que gere o Bolsa Família; Silvio Almeida para Direitos Humanos; e Vinícius Marques de Carvalho para a Controladoria-Geral da União. Lula não conseguiu um empresário que assumisse, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que acabou no colo do vice eleito Geraldo Alckmin, contrariando previsão inicial. (g1)