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A cabeça de Lula

Não é por juros que Lula briga. Ou, melhor: não é apenas por juros. Após um mês e meio de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu três brigas. Não há nada de errado em um presidente escolher brigas — seu trabalho inclui escolher em que brigas entrar, porque elas são inevitáveis. Pois Lula escolheu três pontos de atrito maiores ou menores. Um foi a declaração, em visita à Argentina, de que a ex-presidente Dilma Rousseff havia sofrido um golpe de Estado. A segunda é um apanhado de ataques recorrentes ao mercado e a empresários. E, mais recentemente a terceira, quando em essência pediu a cabeça do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por questionar sua política de juros.

Decreto golpista será usado como prova contra Bolsonaro

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o recurso dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a minuta de um decreto de teor golpista fosse retirada de uma ação contra ele. O documento, encontrado pela PF na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, previa uma intervenção no TSE para revogar o resultado das eleições. A ação, proposta pelo PDT, acusa Bolsonaro de abuso de poder político. Se condenado, o ex-presidente pode ficar inelegível. (g1)

Governo Lula tem um olho no mundo e outro nos juros

Sobrevivente narra momentos de terror após terremoto na Turquia

No Conversas com o Meio desta semana, o professor Guilherme Brito relata os momentos antes, durante e depois dos abalos sísmicos que devastaram a Turquia na última semana. Ele, que morava no sul do país, conviveu com algumas pessoas mortas na tragédia, incluindo crianças de pouca idade, a quem dava aulas de inglês. __ CONVERSAS COM O MEIO

Estou com medo de esquecer o Bolsonaro

As vacinas estão nos postos, a ministra da Saúde vai convocar uma mega campanha de vacinação agora em fevereiro, o Brasil está debatendo política econômica e até ovni chinês está na pauta. Me deu um baita temor de esquecer que estivemos tão distantes desse básico há tão pouco tempo.

Presidente do BC acena com bandeira branca para Lula

Alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou ontem, em entrevista ao Roda Viva (íntegra no YouTube), da TV Cultura, que a instituição tenha viés político. “Se o BC quisesse fazer política, não teria aumentado os juros no ano eleitoral”, disse. A taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. “O Banco Central não gosta de juros altos. Óbvio que a gente quer fazer o melhor possível para ter o juro baixo. Então, a gente acredita que é possível fazer fiscal junto com o bem-estar social. Mas a gente acredita que é muito difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada”, afirmou Campos Neto. (g1)

Bolsonaro excluiu ianomâmis de plano de ajuda alimentar

O governo de Jair Bolsonaro retirou o povo ianomâmi do programa Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Tradicionais (ADA), mesmo sendo avisado em três ofícios sobre a vulnerabilidade alimentar dos indígenas e dos pedidos para que as doações fossem retomadas. Documentos enviados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) entre junho de 2021 e março de 2022 para os ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Cidadania, aos quais o UOL teve acesso, mostram que o governo foi alertado sobre o quadro de déficit nutricional dos ianomâmi e da importância de manter o programa para a segurança alimentar daquela comunidade. Segundo a Sesai, o Distrito Sanitário Indígena Especial (Dsei) ianomâmi havia sido contemplado pela ADA em 2017, após uma determinação do Tribunal de Contas da União. (UOL)

Edição de Sábado: O Brasil em forma de passarela

Daqui a uma semana, o Carnaval começa de maneira oficial. As escolas de samba que ensaiaram, os blocos que já saíram, as festas que já ocorreram: o que se passou nas últimas semanas tende a ser uma sombra do que vai ser deslanchado nas ruas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Olinda a partir do sábado, dia 18 de fevereiro.

Edição de Sábado: Guerra e paz

Perto das 19h de quarta-feira, dia em que 2023 começava oficialmente para os poderes Judiciário e Legislativo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, entrava plácido no plenário da Corte. Sorridente até. A calva que é ato contínuo de sua testa dava muito mais protuberância às poucas franzidas que o ministro esboçaria durante seu discurso de Ts e Ds límpidos, típicos dos paulistanos mais convictos. As contrações coincidiam com as vezes em que Moraes mencionava, como que em grifo, sua certeza de participação de autoridades públicas nos atos golpistas prévios e culminantes no dia 8 de janeiro. O magistrado tomou o cuidado de defender a política “sem ódio, discriminação ou violência”. Para isso, citou o ensinamento de Martin Luther King de que “a consequência da não-violência é a reconciliação”. Mas Moraes não estava ali para falar de paz. Ao contrário. Mais adiante, defendeu que “a democracia brasileira não suportará mais a ignóbil política de apaziguamento”. Explicou que a escolha por esse caminho já se mostrara amplamente fracassada na tentativa do ministro inglês Neville Chamberlain de se concertar com Adolf Hitler. Recorreu, então, a Winston Churchill: “Os financiadores, incentivadores e agentes públicos que se portaram dolosamente, pactuando covardemente com a quebra da democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Churchill 'um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado'”.