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Artem foi o único a brindar com um copo de água. O vinho branco, nacional e fresco, foi a escolha dos demais na noite quente de 26 de agosto. A Ucrânia havia passado, naquela manhã, pelo maior ataque aéreo da Rússia desde 24 de fevereiro de 2022. Mais de 200 mísseis e drones atingiram Kiev, Kharkiv e ao menos outras 13 regiões do país. Boa parte da capital ficou no escuro — mas os geradores davam conta de iluminar um restaurante aqui, um bar acolá. Naquela mesa onde Artem se mantinha abstêmio, a luz amarelada emprestava um ar boêmio e refinado ao salão, repleto de gente elegante e aparentemente leve. No cardápio, uma fartura digna da rica terra negra cobiçada por toda a Europa, do país que é comumente chamado de “celeiro” do continente. Kiev é uma cidade cosmopolita. Lindíssima. Verde, no verão. Por vários minutos, quase é possível esquecer que a Ucrânia está invadida pela Rússia. Até que o celular de alguém denuncia o alerta permanente, com o som de uma sirene que avisa que a província está sob ataque. Os moradores, em seu 914º dia de guerra, ignoram os alarmes: aprenderam a discernir o perigo real para decidir quando, de fato, abrigar-se em um bunker. Artem hesita, mas admite: “Eu não estou bebendo. Por causa da depressão”.

A esquerda tem imensa dificuldade de falar com a nova classe média baixa, aquela mesma que ascendeu no governo Lula. Seus valores envolvem crescer, prosperar, empreender. O Estado brasileiro não está preparado para facilitar este movimento e a esquerda tradicional olha com desconfiança e preconceito para este movimento. Assim, quem constrói o discurso que os atrai é a direita. Às vezes, a direita radical.

Depois que o ministro Alexandre de Moraes bloqueou as contas da Starlink, a empresa do bilionário decidiu continuar operando sem cobrar de seus clientes. Mas a história vai além: antenas Starlink foram encontradas em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami, e agora a empresa enfrenta um dilema jurídico. Além disso, com o TCU de olho numa licitação do Exército na Amazônia, a Starlink está sob pressão.

Com os mesmos 22% de Ricardo Nunes (MDB) e um ponto atrás de Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) vê seu crescimento freado e sua rejeição aumentar. Ministro Nunes Marques indica que levará ao plenário do STF a suspensão do X no Brasil. Denúncias de assédio sexual ameaçam o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que nega as acusações. EUA, Reino Unido e União Europeia vão assinar o primeiro tratado internacional sobre Inteligência Artificial. E começa em São Paulo a Bienal do Livro.

Na primeira pesquisa do Datafolha após o início do horário eleitoral gratuito, a disputa pela prefeitura de São Paulo segue tecnicamente empatada. No entanto, nuances revelam novas movimentações na corrida entre os primeiros colocados: Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB). Acompanhe os detalhes.

O tom usado por Marçal em todas as suas aparições é de confronto, de deboche, de menosprezo. Não é supresa que seus eleitores façam a mesma coisa, motivados por ressentimento e frustração.

Com a suspensão do X do Brasil, duas redes despontam como alternativas para o internauta brasileiro: BlueSky e Threads. No programa de hoje, Pedro Doria e Cora Rónai discutem qual das duas é a melhor. Vem!

Hugo Motta (Republicanos-PB) teve o nome avalizado pelo Planalto, diz seu partido. Pesquisa mostra que bloqueio do X divide opiniões, mas que ampla maioria é contra multa por uso do VPN para acessar a plataforma. Governo quer tirar do teto de gastos as despesas contra desastres climáticos. YouTube aumenta controle dos pais sobre conteúdos de menores. E confira as estreias da semana nos cinemas.

A articulação pela indicação de um nome de consenso para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara parece ter chegado ao fim. O vice-presidente da Casa e presidente do Republicanos, Marcos Pereira (ES), anunciou que Lula deu aval para Hugo Motta (Republicanos-PB) disputar a eleição em fevereiro. Confira os detalhes da negociação neste episódio.