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Berlusconi e a calibragem do combate à corrupção

Em maio de 2001, a coalizão Casa delle Libertà recebeu pouco mais de 45% dos votos italianos. Seu líder, o já primeiro-ministro Silvio Berlusconi, foi realçado à Câmara dos Deputados por mais de metade dos eleitores do distrito de Milão. Era uma vitória formidável para o premiê. Os dois partidos que haviam dominado a política do pós-guerra estavam dilacerados em definitivo. A Democrazia Cristiana de Aldo Moro mudara de nome em 1994 para tentar sobreviver, depois se separou em siglas distintas, e aparecia lá diluída e já sem personalidade no grupo de apoio do novo premiê. Seu principal rival em quase toda a segunda metade do século 20, o Partido Comunista fundado por Antonio Gramsci, que havia se tornado Partido Democratico della Sinistra após a queda do Muro de Berlim, terminara igualmente diluído no grupo de oposição, espalhado também por muitas siglas sem personalidade definida. Mas não foi Berlusconi quem espatifou por completo o sistema partidário italiano. Foi a Operação Mãos Limpas, contra uma corrupção endêmica, extensa e entranhada na política do país.

CPMI quer acesso ao celular de Jair Bolsonaro

Acesso ao celular de Jair Bolsonaro e seus aliados. É o que pede a CPMI sobre os atos de 8 de janeiro e, para isso, aprovou ontem requerimento para que a Polícia Federal (PF) compartilhe o resultado da análise feita no aparelho do ex-presidente apreendido na Operação Venire, que apura suspeita de fraude no cartão de vacinação dele e de sua filha. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid também poderão ter os dados de seus celulares acessados pelos parlamentares. A PF precisa responder aos pedidos e ainda não há garantia de que a comissão terá acesso às informações. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) é o autor do requerimento aprovado. Na justificativa, ele afirma que Bolsonaro usou as redes sociais como instrumento de desinformação e prática de atos ilícitos. “Nessa linha, é importante que tenhamos acesso a uma ferramenta que possibilitou essas postagens: o celular do ex-presidente.” (Globo)

Economia está melhor, mas reflexo não chega a preço dos alimentos

Uma resenha da live do Lula

O presidente estreou suas transmissões ao vivo em redes sociais — única estratégia do governo anterior que deve ser mantida. Fez acenos à classe média, mandou recados ao MST e ao agro, convocou estudantes a prestar o Enem e sonhar. Mas passou longe das agruras da relação com Arthur Lira. Agora, diferentemente do ex-presidente, não foi negacionista nem golpista. É importante lembrar.

União Brasil ameaça desembarcar do governo

Pressão total. É assim que a cúpula do União Brasil está agindo para garantir a substituição de Daniela Carneiro (UB-RJ) por Celso Sabino (UB-PA) no Ministério do Turismo. Se a troca não ocorrer, a legenda ameaça levar 50 dos seus 59 deputados federais para a oposição, conta Bela Megale. Parte desse total assinou um abaixo-assinado ontem, repudiando os ataques do marido de Daniela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos-RJ), a Sabino e confirmando a preferência dele para o ministério. (Globo)

Mobilidade urbana e as jornadas de junho de 2013, com Roberto Andrés

No Conversas com o Meio desta semana, Andrea Freitas entrevista Roberto Andrés, professor de urbanismo da UFMG e autor do livro "A razão dos centavos". O papo girou em torno do tema da mobilidade urbana e sua importância nas jornadas de junho de 2013, das repercussões do movimento até a eleição de Bolsonaro, em 2018, e da recente política de incentivo à compra de veículos feita pelo governo Lula. __ CONVERSAS COM O MEIO

O STF vai liberar as drogas?

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento que analisa a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas. Mas o que isso quer dizer? O que pode mudar? Confira neste episódio do Meio Explica.

Governo fatura na economia enquanto patina na articulação

Dólar abaixo de R$ 5, gasolina mais barata, inflação em baixa, PIB acima das expectativas. Se a articulação política não está fácil, a economia tem dado bons resultados. A comunicação do governo e os discursos de ministros destacam cada vez mais a área econômica, seja para celebrar índices ou lançar políticas. O cientista político Rui Tavares Maluf, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, explica que a economia é o tema que mais afeta a percepção sobre o governo. “A economia se entrelaça com todo o resto e afeta de maneira determinante a opinião dos eleitores. Então, é natural que o governo Lula esteja tentando faturar politicamente com esses números”, diz. Esses resultados fortalecem os nomes dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), que também acumula a vice-presidência. “A equipe econômica tem demonstrado muito juízo, muita organização e muita capacidade de diálogo entre eles e com setores de fora do governo. Eles inclusive seguram certas atitudes voluntaristas do Lula que poderiam atrapalhar mais do que ajudar”, afirma o pesquisador. (Metrópoles)

Edição de Sábado: Terra de gigantes

Foram 67.423 os pagantes no estádio Mané Garrincha, no dia 15 de junho de 2013. A capital do país do futebol tinha, ela mesma, um futebol raquítico e aquela construção colossal encerrava em si muitos contrassensos — típicos das nações que recebem copas e olimpíadas. Mas as arquibancadas estavam cheias. Do lado de fora, alguns protestos tímidos eram fortemente reprimidos pela Polícia Militar do Distrito Federal, sangue nos olhos, recém-treinada a lidar com atos terroristas em preparação para receber as copas das Confederações e do Mundo. Lá dentro, camisas verde-amarelas vaiavam com fôlego a presidente Dilma Rousseff. Com um misto de constrangimento e desdém, Dilma declarou o início da competição. Dois dias depois, um grupo de 5 mil manifestantes caminharia pela Esplanada dos Ministérios. Cerca de 300 deles, alguns descamisados, zero mantos da seleção à vista, subiriam a rampa do Congresso aos gritos de “O gigante acordou”. Eram muitos os gigantes que, despertos, tomavam as ruas do Brasil em junho daquele ano. E eles tinham feições, figurinos e demandas bem diferentes.