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Bolsonaro inelegível: as direitas se reposicionam

A política vive essencialmente da expectativa de poder. No Estado moderno, esse recurso está identificado com a ocupação de cargos disponíveis em sua estrutura. Nas democracias, sua ocupação depende do êxito dos postulantes em competições periódicas, nas quais disputam a preferência do eleitorado. Para ter êxito, os candidatos precisam de partido, de um arco de alianças e de financiamento. Precisam também estabelecer sua condição de oposicionistas ou situacionistas, a fim de ocupar um lugar definido no espectro ideológico.

Lira tenta votar projetos demais e Câmara trava

A expectativa era aprovar a pauta econômica na Câmara até sexta-feira. Mas a realidade parece que vai ser outra. Alvo de uma ofensiva lobista, além da pressão de governadores e prefeitos, a reforma tributária dominou e travou a agenda. Líderes partidários e técnicos legislativos afirmaram ao Painel que pautar a reforma para esta semana foi um erro do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que tentou impor seu ritmo sem consultar os líderes e as bancadas. Nos bastidores, alguns veem ainda uma intenção do alagoano de desviar a atenção das investigações sobre desvios no kit robótica. Além da reforma tributária, dois projetos são centrais para o governo. A votação do voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) estava prevista para segunda-feira, mas alterações incluídas pelo relator, Beto Pereira (PSDB-MS), adiaram a apreciação. Enquanto isso não ocorrer, devido ao seu regime de urgência, o arcabouço fiscal não pode ser votado. Avalia-se, no governo e no Congresso, que a concentração de tantas pautas estratégicas em uma mesma semana tumultuou as negociações. (Folha)

Bolsonaro pode estar fora do jogo, mas bolsonarismo não morreu, diz Pedro Doria

TCU pode deixar Bolsonaro inelegível por mais tempo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ficar inelegível até 2031. A decisão está nas mãos do Tribunal de Contas da União (TCU). Com base na decisão da última sexta-feira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornou o ex-presidente inelegível por oito anos, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pediu ontem ao TCU que apure o “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido dos meios de comunicação, especialmente por meio de canal público”. A pena do TSE é contada a partir de 2 de outubro de 2022. Por isso, será aplicada até outubro de 2030, permitindo que Bolsonaro concorra às eleições presidenciais. Mas, caso haja uma decisão do TCU, os oito anos passariam a valer a partir da data do trânsito em julgado, levando o fim do prazo de oito anos para 2031. A representação do Ministério Público (MP) destaca que o próprio TSE decidiu comunicar sua decisão ao TCU “devido ao provável emprego de bens e recursos públicos na preparação de eventos em que se consumou o desvio de finalidade eleitoreira”. A representação ainda tem de ser recebida pelo presidente do tribunal, ministro Bruno Dantas. (Globo)

Reforma Tributária: projeto é bom, mas precisa de críticas para melhorar, diz advogada

O Brasil sabe há décadas que precisa fazer uma reforma tributária, simplificando a forma como cobramos e pagamos impostos. Parece que desta vez o projeto vai sair do papel. Para explicar o que pode mudar, a advogada tributária Patrícia Azevedo, do Kincaid (Mendes Vianna Advogados) é a entrevistada do Conversas com o Meio desta semana. __ CONVERSAS COM O MEIO

Da margem ao centro: o impulsionamento da economia criativa na periferia

Neste episódio, o No Detalhe aborda a economia criativa na periferia e discute o preconceito enraizado que não identifica essas comunidades como potencias consumidores e agentes culturais. O programa traz entrevistas com Andreza Delgado, criadora da Perifacon, Dennis Novaes, curador do Favela Sounds, Tiry BFN, idealizador do Cohab É Só Rap e com Felippe Guerra, cofundador da Brasis.

Lira quer votar reforma tributária até sexta

Numa reunião com líderes partidários que avançou pela madrugada de hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu abrir já nesta segunda-feira a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O objetivo é acelerar a tramitação, já que uma PEC tem um número mínimo de sessões para análise, e concluir a votação em dois turnos até a sexta-feira. Também hoje, Lira pretende botar em votação o projeto de lei que altera o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, por estar em regime de urgência, trava a tramitação de PEC. Outros temas que devem ser votados ainda esta semana são o arcabouço fiscal, que foi alterado pelo Senado e terá de ser apreciado novamente pelos deputados, e a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos. (Globo)

Edição de Sábado: Espelho do Poder

“Antes tarde do que Cunha”. Era uma comemoração a frase impressa no cartaz de papel alaranjado erguido pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) diante da face impávida de Eduardo Cunha (então MDB-RJ). O palco era o Plenário da Câmara no dia 12 de setembro de 2016. Sem mover um único músculo da face, e com aquele sorriso nervoso de lábios cerrados, o ex-presidente da Casa ouvia sua sentença de cassação de mandato: “Está aprovado o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar à representação número 1 de 2015”, formalizou Rodrigo Maia (então DEM-RJ), do alto do posto que pertencera a Cunha quatro meses antes.

Cármen Lúcia, a algoz de Bolsonaro

Apenas um voto, provavelmente da ministra Cármen Lúcia. É o que falta para Jair Bolsonaro ser condenado à inelegibilidade por oito anos por atacar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores em julho passado. Ontem, na terceira sessão do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram proferidos mais três votos — dois pela inelegibilidade, seguindo o relator, e um contrário —, deixando o placar em 3 a 1. Já o vice da chapa, general Braga Netto, soma 4 votos por sua absolvição. A sessão será retomada hoje com os votos de Cármen, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Ontem, o ministro Raul Araújo votou contra a inelegibilidade e rejeitou a inclusão da “minuta do golpe” na ação. Em fevereiro, no entanto, ele foi a favor de juntá-la ao processo. Araújo minimizou as condutas de Bolsonaro e argumentou que o ex-presidente apenas “expôs sua posição política sobre temas abertos ao diálogo público”. Em seguida, o ministro Floriano de Azevedo Marques Neto votou pela condenação, rebatendo os argumentos de Araújo. Para ele, Bolsonaro decidiu “desafiar frontal e cabalmente o Judiciário” e colocou em risco a normalidade e a legitimidade das eleições. Já André Ramos Tavares atribuiu ao ex-presidente uma “tática eleitoral contra a democracia”. E afirmou que o julgamento se debruça sobre uma “estratégia política” de disseminação de fake news, que ganhou uma “etiqueta ideológica”. (Folha)