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Relatora da CPI quer indiciar Bolsonaro

Há grandes chances de Jair Bolsonaro ser indiciado na CPMI do 8 de janeiro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou em entrevista ao Estadão que o caso das joias e o repasse de dinheiro para auxiliares do ex-presidente podem indicar que essas verbas foram usadas para financiar os atos golpistas. Mas não é só isso que pode levá-lo a ter de se explicar na CPMI. “A gente precisa também entender a autoria intelectual. Quem planejou? Quem instigou o 8 de janeiro? O indiciamento é muito possível exatamente por isso”, disse. Eliziane afirma, ainda, que as Forças Armadas “impediram um golpe”. “A instituição como um todo não se curvou, não aceitou, na verdade, essa provocação, e tanto que nós não tivemos um golpe no Brasil”, afirmou, esclarecendo que isso não livra de responsabilização pessoas que instigaram os atos. (Estadão)

O Níger, a Rússia, a Argentina, o Brasil

Enquanto ainda circulavam pelas redes sociais piadas com a ideia de que Yevgeny Prigozhin surgiria morto num suicídio forjado, o líder do grupo mercenário Wagner reapareceu nas mesmas redes. Não estava no exílio anunciado de Belarus, tampouco havia fugido para algum canto obscuro do mundo. Pelo contrário. Vestindo jeans, camisa polo branca enfiada na calça e cinto de couro preto, Prigozhin apareceu sorridente num hotel cinco estrelas de São Petersburgo, a segunda capital da Rússia, cumprimentando um diplomata africano. Prigozhin estava lá, com toda saúde, numa foto publicada por seu lugar-tenente para os negócios subsaarianos, Dmitri Sytyi, em sua conta pessoal do Facebook. Como se fosse um instantâneo de família, um flagrante entre amigos. Horas depois, apareceu mais uma vez, conversando com um jornalista. Também africano. No mesmo hotel. Desta vez, foi no canal de Telegram do Grupo Wagner. Vladimir Putin, o presidente russo, se reunia com outros diplomatas a poucos quilômetros dali — São Petersburgo estava recebendo chefes de Estado e agentes de governo africanos para uma reunião de cúpula. E Prigozhin, exato um mês depois de ter liderado um motim que levou tanques de guerra a poucos quilômetros de Moscou, circulava candidamente pela mesma cidade. Intocado. Fazendo política.

“Por hora, o bipartidarismo na Argentina acabou”, afirma Sylvia Colombo

No Conversas com o Meio desta semana, Flávia Tavares entrevista a jornalista Sylvia Colombo, colunista da Folha de São Paulo e conhecedora como poucos da política argentina. Ela tenta explicar pra gente em que caixinha ideológica colocar Javier Milei, o candidato ultra libertário que ficou em primeiro lugar nas prévias das eleições presidenciais da Argentina. Spoiler: em nenhuma. Confira. __ CONVERSAS COM O MEIO Quarta, às 11h15, aqui no YouTube. https://www.youtube.com/MeioEmVideo

Advogado de Bolsonaro admite recompra de Rolex

Um dia depois de afirmar que nunca tinha visto o Rolex presenteado pelo governo saudita a Jair Bolsonaro (PL) ou qualquer joia, o advogado Frederick Wassef admitiu ter comprado o item nos EUA, mas disse ter usado recursos próprios. “Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”, afirmou sem dar detalhes. A compra foi feita em 14 de março, véspera de o TCU dar cinco dias úteis para a entrega das joias recebidas em viagem oficial à Arábia Saudita em 2019. “O governo do Brasil me deve R$ 300 mil”, disse, mostrando um recibo de compra no valor de US$ 49 mil. “Eu fiz o relógio chegar ao governo”, acrescentou, sem explicar quem o avisou sobre o Rolex, mas alegando que não foi um pedido de Bolsonaro nem de seu ajudante de ordens Mauro Cid, com que disse ter “uma relação muito formal”. O advogado afirmou que já tinha viagem pessoal marcada para os EUA, que pagou em dinheiro para obter um desconto de US$ 11 mil e que a aquisição foi declarada à Receita. (g1)

Se um general quatro estrelas for preso, 1889 acaba, afirma Pedro Doria

Se ao menos um ou dois generais quatro estrelas forem presos por golpismo, 1889, ano do golpe contra a monarquia que inaugura a República brasileira, acaba finalmente. Essa é a conclusão do jornalista Pedro Doria, no programa #MesaDoMeio. Para ele, Alexandre de Moraes é o ministro certo do STF para conduzir esse processo por “ter noção do papel histórico que ele pode vir a executar”. “E ele quer esse papel”, destaca.

Os militares e o apagão do bolsonarismo

É engraçado testemunhar a patacoada corrupta de bolsonaristas e militares? Se é. Só que por trás da comédia pastelão tem o fato de que instituições brasileiras, inclusive as Forças Armadas, estiveram dispostas a endossar o bolsonarismo sabendo exatamente do que se tratava. É hora de o PT agir pra diminuir de vez o poder dos militares na política.

Fala de Haddad aumenta atrito com Lira

“A Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo.” A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Reinaldo Azevedo no programa Reconversa, exibido ontem. Apesar de ter elogiado a articulação com as lideranças da Câmara, o ministro reconheceu que a negociação não está sendo “fácil”. “O bom da democracia é que a pessoa não vai ter esse poder para sempre, a instituição pode ter, mas você não sabe na mão de quem ela vai estar daqui a dois, quatro, 10 anos”, afirmou sem citar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem admitiu ter “debates acalorados”. A entrevista repercutiu, com líderes da Câmara cancelando a reunião sobre o arcabouço fiscal prevista para a noite de ontem na casa de Lira. “Sinceramente, não entendi essa declaração infeliz com a Casa e seus representantes”, afirmou Felipe Carreras (PE), líder do PSB. Haddad correu para se explicar: “Estava falando do fim do presidencialismo de coalizão. Tudo o que eu tenho feito é dividir com o Congresso e Judiciário as conquistas”. (Globo)

Bolsonaro e aliados se calam sobre venda de joias

Silêncio. Após a operação da Polícia Federal deflagrada na sexta-feira para apurar o suposto esquema de desvio de joias recebidas de representantes internacionais durante o mandato para seu patrimônio pessoal, Jair Bolsonaro (PL) optou por se calar. Em entrevista ao canal bolsonarista Te Atualizei, veiculada ontem, o ex-presidente não fez qualquer comentário sobre a investigação, citando apenas as prisões de antigos auxiliares. “Tem outros dois (auxiliares) que não eram diretos meus, mas estão presos: o (ex-ajudante de ordens Mauro) Cid e o sargento (Luis Marcos) dos Reis, cuja punição, se forem culpados, não seria passível dessa preventiva que estão sofrendo agora. Um objetivo é uma delação premiada, e o outro é me atingir.” Nas redes sociais, postou ontem apenas sobre o Dia dos Pais. Sobre a operação da PF, até o momento, Bolsonaro só se pronunciou por meio de seus advogados, afirmando que “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”. A PF executou mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Frederick Wassef, que trabalhou para Bolsonaro; ao general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e ao tenente Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente. Além disso, foi pedida a quebra dos sigilos de Bolsonaro. Sua mulher, Michelle, também foi alvo de petição para uso de seus dados reservados. (Globo)

Edição de Sábado: A era do calor que mata começou

Quatrocentas e oitenta e nove mil pessoas morrem por ano por causa do calor; 61 mil no verão passado, só na Europa. A onda de calor de 2021 no noroeste do Pacífico matou 1 bilhão de criaturas marinhas. Os oceanos absorvem, por segundo, o calor equivalente a cinco bombas atômicas. Outra onda de calor, na Antártica, levou os termômetros aos 20ºC. O recorde histórico de alta temperatura do Canadá foi batido em 2021, com 49,6ºC. Da Europa também: 48,8ºC, na Sicília. Há menos de um mês, uma cidade chinesa marcou 52,2º C. Julho de 2023 foi o mês mais quente de que se tem registro. A última vez que o planeta esteve tão quente foi 125 mil anos atrás. O número de dias em que a temperatura passa dos 50ºC em algum canto do mundo dobrou desde a década de 1980. Cerca de 30% da população mundial está exposta a ondas de calor mortíferas mais de 20 dias por ano. Há uma chance de 98% de que ao menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente de que se tem notícia. No fim deste século, até 75% dos habitantes da Terra viverão sob risco de morte por causa de eventos climáticos causados pelo calor. Desde a década de 1990, ondas de calor causadas por mudanças climáticas custaram à economia US$ 16 trilhões.