Ad Unit

Usuário Anônimo

anon-newsletter

Usuário Cadastrado

cad-newsletter

Assinante Premium

premium-newsletter

premium-tl

Quilombolas em números: reparação e visibilidade no Censo 2022

O Censo 2022 mostrou pela primeira vez na história o número da população quilombola no Brasil. O país conta com 1,32 milhão, que vivem em 1696 municípios. O No Detalhe desta semana aborda a importância do levantamento, em termos de reparação, visibilidade e promoção de políticas públicas para a população quilombola brasileira. No programa entrevistas com a quilombola e coordenadora estadual do Tocantins da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Maryellen Crisóstomo, do sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Carlos Gomes dos Anjos e da Coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes.

Planalto libera R$ 24,5 bi em emendas, Congresso acha pouco

Desde o início do ano o governo já liberou R$ 24,5 bilhões em emendas parlamentares, mais da metade dos R$ 46,2 bilhões previstos. Mas o Congresso acha pouco e cobra especialmente as chamadas emendas extras, de análise mais complexa e que exigem aval dos ministros. O Centrão, que negocia a entrada no governo, quer mais celeridade nessa verba, vista como uma compensação pelo fim determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das emendas do relator, o chamado “orçamento secreto”. A insatisfação com o ritmo de liberação das emendas extras se soma à demora do presidente Lula em concluir a reforma ministerial. (Folha)

Edição de Sábado: O Exército visto por dentro

Numa caixa preta, de fechos e dobraduras douradas, revestida de vermelho, jazia um coqueiro de ouro. Ao menos naquele comecinho de janeiro, achava-se que era ouro. Na dúvida, melhor mandar avaliar. Na era digital, antes de qualquer exame físico, faz-se uma troca de fotos. Por WhatsApp. No reflexo da caixa preta, está a imagem de um homem calvo, idoso, sério, concentrado. Numa missão. É o general da reserva Mauro Lourena Cid. É uma prova num inquérito da Polícia Federal. É um registro difícil de negar, sequer minimizar. O Exército estava envolvido de forma incontornável na venda privada de um bem público. Era hora, nas palavras de um interlocutor da Força, de começar a "entregar as cabeças na tentativa de fazer o Exército parar de sangrar”.

Federação Espanhola precisa se desculpar

Copa do Mundo é coisa de homem. Presidência da Federação? Na mão de homens. Ignorando o pedido de 15 atletas? Homens. O que podemos dizer, não é mesmo? Afinal de contas, se fosse possível, fantasiavam homens para dizer que eram atletas na Copa do Mundo feminina. Vale tudo para interromper as mulheres de atingirem cargos executivos e de diretoria. A cena esdrúxula de agressão sexual do presidente da federação espanhola de futebol é o reflexo de tudo isso. Pouco importa se as atletas ganharam o maior título de todos, elas ainda são desrespeitadas como mulheres.

Trump é preso por golpismo, aí solto sob fiança

Fichado novamente, preso, desta vez com direito a mugshot — a tradicional foto feita na entrada da cadeia. Donald Trump se entregou ontem à polícia do condado de Fulton, na Geórgia, no processo que apura supostas fraudes eleitorais do republicano na eleição de 2020. Ele ficou na prisão por cerca de 20 minutos, sendo liberado em seguida, após pagar fiança de US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão). “Não fizemos nada de errado”, afirmou antes de deixar Atlanta em seu avião. “E temos todo o direito, todo o direito, de contestar uma eleição que consideramos desonesta.” Na semana passada, a promotora Fani Willis, que está à frente do caso, apresentou 13 acusações contra ele. Outras 18 pessoas — entre elas Rudolph Giuliani, advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York — também foram formalmente acusadas. Favorito na corrida à candidatura republicana à Casa Branca, Trump se entregou no dia seguinte ao primeiro debate entre os pré-candidatos, do qual não participou. Esse é o quarto indiciamento criminal de Trump neste ano. (Washington Post)

O inferno astral da familícia Bolsonaro

Mais um capítulo do inferno astral que vivem os Bolsonaro, chamados carinhosamente nas redes sociais de "familícia". Pra quem pode achar exagero o apelido, com exceção da filha mais nova do ex-presidente, que é menor de idade, todos os filhos e a mulher Michelle estão metidos em alguma encrenca. A estratégia agora é apelar para a narrativa da "perseguição".

Mercenário que desafiou Putin morre em queda de avião

A queda de um avião na região de Tver, na Rússia, matou ontem Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, um exército mercenário que participou ativamente da invasão russa na Ucrânia, mas que ensaiou, em junho, uma rebelião contra o presidente Vladimir Putin. Outras nove pessoas morreram na queda do Legacy da Embraer, entre elas Utkin Dmitriy e Valeriy Chekalov, dois dos principais auxiliares de Prigozhin. Imagens divulgadas pela imprensa estatal russa mostram o avião caindo, aparentemente sem uma asa, e uma coluna de fumaça no local do impacto. Ao menos oito corpos já foram recuperados. No Telegram, o grupo mercenário disse que seu líder foi assassinado, sem especificar a mando de quem. (CNN)

O problema das favelas e a política de drogas

Não tem como levar as forças de segurança para trabalhar a Lei e a Ordem nas favelas, porque lá “reina a desordem e a injustiça”. É o que pensa o rapper, líder social e ex-presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé. Em entrevista a Pedro Doria no programa Conversas com o Meio, ele esclarece que os moradores dessas áreas vivem em um constante sentimento de desconfiança e necessidade de segurança, porque de um lado há aqueles que defendem a violência policial nas comunidades para combater a criminalidade, mas de outro, a PM não define quem está ou não no crime. “Então, ela acaba colocando todo mundo no pacote.”

É hora de os civis terem coragem

“A República deve ser agraciada com silêncio dos militares.” Essa é a conclusão de alguém que, por ofício, ouve o que os militares dizem e pensam. Francisco Carlos Teixeira da Silva é historiador. Por mais de 15 anos, tentou ensinar a novatos e veteranos a verdadeira história do Brasil. Encontrou a resistência de uma corporação que tem sua própria versão da história, que lhes atribui a missão de fundar a nação e protegê-la de inimigos, inclusive imaginários, internos. Tudo pelo filtro de uma elite conservadora, agrária e patrimonialista. Chico, como pede para ser chamado, foi assessor do Ministério da Defesa no segundo governo Dilma. Chegou a fazer uma proposta de reforma do ensino militar, discutida, em partes, com Darcy Ribeiro, com quem trabalhou. No currículo, haveria leitura obrigatória de 10 livros da literatura sobre a realidade brasileira, de Érico Veríssimo a José Lins do Rego, passando por Machado de Assis e Graciliano Ramos. “Não dá para formar oficiais que sejam bons funcionários públicos e guerreiros só com matemática binária”, ele acredita. Mas Chico encontrou uma oposição arrasadora — dentro da estrutura militar, mas também entre civis.