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O Oscar 2026 chega com mudanças significativas, duas delas anunciadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nesta segunda-feira, 21. A partir da próxima edição, os votantes precisarão comprovar que assistiram a todos os filmes de cada categoria antes de registrarem seus votos. Ao mesmo tempo, a Academia também estabeleceu novas diretrizes sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) em produções, buscando equilibrar inovação tecnológica com a valorização da autoria criativa humana.

Pelas novas regras, o uso de ferramentas de IA — como modelos de machine learning ou sistemas de edição automatizada de som e imagem — não influenciará nas chances de indicação de um filme, seja de forma positiva ou negativa. O fator determinante continuará sendo a contribuição artística humana. Já quanto à obrigatoriedade de assistir aos filmes, a Academia implementará um sistema de rastreamento na plataforma de streaming exclusiva para membros votantes. Para filmes vistos fora do ambiente online, como em sessões de cinema ou festivais, os eleitores precisarão preencher um formulário informando quando e onde assistiram à obra.

As mudanças vêm após as polêmicas do Oscar 2025, quando títulos como Duna: Parte Dois, O Brutalista, Emilia Pérez e Maria foram alvo de discussões pelo uso de IA em aspectos pontuais. Além disso, uma matéria da Variety revelou que diversos votantes admitiram não ter visto alguns filmes até o fim — como foi o caso de O Brutalista, criticado por seu ritmo e temática. Em contraste, produções mais leves, como Wicked e Um Completo Desconhecido, teriam sido favorecidas por esse cenário. A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para o dia 15 de março, em Los Angeles. (Omelete)