Navegação automatizada já é 86,5% do tráfego em sites de vendas de ingressos; saiba como se proteger de bots maliciosos
Comprar um ingresso para um show, conseguir uma reserva num restaurante ou até agendar um atendimento em órgãos públicos hoje são tarefas razoavelmente simples, mas que viraram um problema digital. Cada vez mais, pessoas reais estão perdendo espaço para os bots.
De acordo com um relatório da Imperva, em 2024, 86,5% de todo o tráfego em sites de venda de ingressos foi automatizado. Porém, um terço desse volume foi gerado por robôs maliciosos, que burlam sistemas, monopolizam reservas e criam escassez artificial e aumento repentino de preços.
Mas há uma alternativa para tornar a internet um espaço mais seguro e humano. O World ID é uma tecnologia criada para garantir que pessoas reais possam provar sua humanidade sem comprometer a privacidade, dispensando o preenchimento de CAPTCHAs – já passíveis de serem burlados com inteligência artificial – ou o fornecimento de documentos pessoais a cada login.
Vantagens do World ID
Empresas e governos vêm tentando conter os bots com ferramentas tradicionais, mas esses mecanismos geram exclusão e já estão ultrapassados. Além disso, impõem um peso extra nas próprias instituições, que precisam proteger essas informações sensíveis.
É possível, com o World ID, mudar o paradigma. Em vez de provar quem você é, a tecnologia permite provar que você é uma pessoa única e real, sem revelar sua identidade. Isso significa que plataformas de ingressos, sites de serviços públicos e aplicativos de reservas podem aplicar a tecnologia no login ou no checkout, filtrando bots antes que eles capturem todos os lugares dos humanos.
Além disso, a adoção do World ID pode transformar a relação das pessoas com a internet a partir de quatro elementos:
– Acesso justo a serviços públicos, em que cidadãos possam agendar serviços sem depender de intermediários que burlam o sistema;
– Proteção contra a exploração de consumidores, mantendo ingressos e reservas a preços reais, não inflacionados por revendedores automatizados;
– Privacidade garantida, para não ser necessário entregar dados pessoais a cada clique, o que diminui drasticamente o risco de vazamentos;
– Resistência à IA e à escalabilidade, pois, diferentemente dos CAPTCHAs, o World ID é mais robusto contra tentativas de automação e pode ser usado em larga escala sem comprometer a experiência do usuário.
Além de eficaz, a tecnologia é fácil de ser utilizada pelos usuários. A infraestrutura é pensada para ser integrada facilmente a sites e apps, garantindo um processo de autenticação seguro, fluido e intuitivo.
A escalada da automação descontrolada não apenas prejudica consumidores e sobrecarrega sistemas, como cria uma realidade desigual, na qual humanos competem com algoritmos por acesso a bens básicos. No fim, garantir que quem está do outro lado da tela é uma pessoa, e não um robô, pode ser o passo mais importante para manter a internet humana.