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O governo federal definiu as categorias específicas de cada tipo de produto que terá as alíquotas de imposto de importação zeradas para reduzir o preço e tentar conter a inflação dos alimentos. A decisão foi aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior, órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A medida entra em vigor nesta sexta-feira. “São medidas emergenciais para reduzir imposto, para reduzir custo de alimento e ajudar nesse momento excepcional a reduzir a inflação, especialmente a inflação de alimentos”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também está à frente do Mdic. O governo pode deixar de arrecadar R$ 650 milhões se alíquota zerada do imposto de importação ficar em vigor por um ano. “Como a gente espera que vai ser mais transitório, então será menor. Isso não tem impacto fiscal, porque o imposto de importação é imposto regulatório”, acrescentou Alckmin. O governo já tinha definido os nove tipos de alimento da lista, mas não havia deixado claro quais categorias entrariam nesse pacote como, por exemplo, que tipo de carne, açúcar ou café terá o imposto de importação cortado. (Folha)

Confira a lista de itens com imposto de importação zerado. (UOL)

Enquanto o Brasil zera imposto de importação, os Estados Unidos elevam. Alckmin criticou a decisão de Donald Trump de sobretaxar nem 25% o aço e o alumínio brasileiros exportados para os EUA. E disse que buscará dialogar com Washington sobre o assunto. “Nós entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego. O caminho é ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha.” (Poder360)

Enquanto isso… Trump ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre as bebidas alcoólicas europeias, citando especificamente o vinho francês, em resposta à retaliação da União Europeia de taxar contra suas tarifas de aço e alumínio — uma escalada de em uma guerra comercial que pode facilmente sair do controle. A ameaça foi feita em uma publicação na sua rede social, a Truth Social, em que ele responde à tarifa de 50% anunciada pela UE às bebidas destiladas americanas. (CNN)

Míriam Leitão: “O governo brasileiro vem agindo bem nesse episódio da elevação das tarifas de importação impostas por Trump. A diplomacia elevou um pouco o tom na nota, mas nenhum ato foi tomado. O governo continua a explorar todo o campo de negociação. O presidente Lula, por sua vez, não fala em retaliação, mas em reciprocidade, deixando claro que o Brasil também vai taxar produtos americanos, mostrando que tudo está sendo feito com muito cuidado. Está ficando cada vez mais claro para todo mundo que o principal afetado pela política protecionista de Trump será o consumidor americano, exatamente quem o elegeu”. (Globo)