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O Brasil abriu 137.303 vagas com carteira assinada em janeiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. O número supera as expectativas do mercado, que esperava a criação de pouco menos de 50 mil vagas, mas representa uma queda de 20,7% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram criados 173.233 postos formais. No mês, foram registradas 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos. Os setores de serviços (45.165 vagas), indústria (70.428), construção civil (38.373) e agropecuária (35.754) tiveram alta nas contratações, enquanto o único setor a fechar mais postos do que abriu foi o comércio, com 52.417 vagas a menos. Nos últimos 12 meses, o saldo de empregos chegou a 1.650.785 novas vagas, um crescimento de 6,8% em relação aos 12 meses encerrados em janeiro de 2024. Já o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.251,33, com alta de R$ 89,01 na comparação com dezembro.

Os números surpreenderam analistas, mas a divulgação oficial veio com um “spoiler” do próprio ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que antecipou parte dos números na segunda-feira, quando disse que o país tinha gerado mais de 100 mil vagas, o que se confirmou. No dia, o vazamento gerou ruído no mercado e reforçou a tese de resiliência do emprego e da economia, mas com possíveis efeitos na inflação, dificultando a queda dos juros no curto prazo. (Globo e Veja)