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O presidente Lula passou do ponto nas críticas ao Ibama ao abordar a questão da exploração do petróleo na Foz do Amazonas, disse Carlos Minc, deputado estadual no Rio de Janeiro (PSB) e ex-ministro do Meio Ambiente. Em entrevista no Amapá, Lula afirmou ser necessário liberar a Petrobras para pesquisar a exploração de petróleo na costa do estado e alegou que o “órgão parece ser contra o governo” por “ficar nesse lenga-lenga”. A postura de Lula bate de frente com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Seguramente o Sidônio [Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social] não soube disso com antecedência. A Marina é internacionalmente reconhecida. Essa marca do ‘Brasil protetor do meio ambiente’ não é só uma coisa simbólica”, disse Minc. Segundo ele, “a possibilidade de trazermos recursos para o Fundo Amazônia são muito grandes, mas como vamos convencer o mundo de que estamos trabalhando para diminuir a febre planetária comprando briga com uma ministra reconhecida para termos mais petróleo em uma área sensível?”, questionou Minc. De acordo com ele, Lula exagerou a mão. “Estou acostumado com isso. O presidente fica aflito e quer desenvolver. Ele tem a pressão dos governadores do Norte, que têm essa bandeira. Mas Lula não deve entrar em conflito com a Marina”. Ministro entre 2008 e 2010, durante o segundo mandato de Lula, Minc discordou das críticas do presidente ao Ibama e afirmou que não se pode “estigmatizar um órgão sério”. (UOL)