Apesar da questão fiscal, estrangeiros começam a ver oportunidades de investimento
Investidores estrangeiros consultados pelo Estadão/Broadcast começam a identificar oportunidades em papéis brasileiros depreciados pelas incertezas com as contas públicas. O interesse envolve investidores mais sofisticados e em áreas vistas como menos arriscados, mas pode aumentar se houver medidas para conter o crescimento da dívida e dar mais clareza sobre a trajetória fiscal. Um exemplo foi a venda de ações da Vale detidas pela Cosan, movimentando mais de R$ 9 bilhões. O mercado absorveu tudo rapidamente, com presença maciça de investidores internacionais, como os americanos Fidelity, que arrematou mais de um terço dos papéis, e o fundo Ashler, além do francês Capital, o sul-africano Investec e o britânico Ossington. No acumulado de janeiro, até o momento, investidores aportaram mais de R$ 4,2 bilhões na B3. Para que o Brasil volte, de fato, ao radar externo, precisa avançar rumo à sustentabilidade fiscal, cobram executivos. Para um deles, de um grande banco americano, ainda que um ponto de entrada comece a aparecer, o gatilho só virá com a melhoria do quadro fiscal e a queda dos juros no país, prevista somente para meados de 2026. (Estadão)