Correios registram maior déficit entre estatais, mas governo defende recuperação
Os Correios encerraram 2024 com um déficit de R$ 3,2 bilhões, o maior entre as estatais federais, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira. Apesar do resultado, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que a empresa está em “trajetória positiva” e destacou que o governo acompanha de perto sua recuperação. Segundo Dweck, o resultado divulgado não se refere ao balanço final da estatal, que será publicado nos próximos meses. “Não é um rombo. Das 11 empresas que ficaram com déficit, nove têm lucros. O déficit pode ser causado pelo aumento de investimentos”, disse a ministra, apontando que os Correios estão expandindo suas operações para além do serviço tradicional de entrega de cartas. O presidente da estatal, Fabiano Santos, também minimizou o déficit, afirmando que a empresa passa por um processo de reestruturação para ampliar sua atuação no setor de logística. “Os Correios estavam sendo privatizados na bacia das almas, o que trouxe efeitos. Há precatórios, frutos de gestões anteriores, contabilizados atualmente”, afirmou. Santos também destacou desafios estruturais, como custos elevados com funcionários e a falta de investimentos em tecnologia nos últimos anos. A estatal segue com um plano de recuperação em andamento e, segundo Santos, busca consolidar sua atuação como uma empresa de logística, mirando a sustentabilidade financeira no médio prazo. (InfoMoney)