Brasileiro que comandará missão no Congo chega ao país na segunda
O general brasileiro Ulisses Mesquita Gomes, nomeado pela Organização das Nações Unidas para comandar tropas da missão para a estabilização da República Democrática do Congo, deve desembarcar no país segunda-feira. Ele assume o posto em meio a uma guerra de anexação que vem sendo travada por movimentos rebeldes apoiados pelo governo de Ruanda, que já deixou 17 capacetes azuis (militares da missão de paz) mortos na última semana. A Embaixada do Brasil também foi atacada e o governo brasileiro expressou “grave preocupação” com os ataques. Com cerca de 14 mil soldados de paz, a Monusco, como é chamada a missão, é uma das maiores operações da ONU no mundo. A CNN apurou que general Ulisses priorizará a diplomacia, mas não hesitará em utilizar a força para libertar Goma e ao menos outras quatro cidades invadidas pelo grupo rebelde M23 neste mês. O conflito no leste do Congo já dura décadas e está enraizado no genocídio de Ruanda em 1994 e na luta pelo controle das lucrativas minas do país. A queda de Goma para o M23 é a sua escalada mais grave desde 2012, quando os rebeldes ocuparam a cidade pela última vez. As forças ruandesas estão presentes em Goma apoiando o M23, de acordo com fontes do Congo e da ONU, enquanto as forças do Burundi foram enviadas para fortalecer as defesas do Congo em Kivu do Sul. Ruanda não comentou diretamente sobre a presença de suas tropas em solo congolês. Enquanto isso, a população foi às ruas protestar contra o avanço dos rebeldes. (CNN Brasil)