Lula descarta conversa com Trump e defende Haddad em coletiva
O presidente Lula convocou sua primeira entrevista coletiva do ano nesta quinta-feira e afirmou não haver previsão para uma conversa direta com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em sua primeira coletiva de 2025, Lula minimizou a necessidade de um contato e chegou a ironizar a postura de Trump em relação a tratados e entidades internacionais, como o Acordo de Paris e a Organização Mundial da Saúde (OMS), dizendo que o americano poderia também sair da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente também reagiu à ameaça do governo americano de sobretaxar produtos brasileiros. Segundo Lula, caso Trump adote essa medida, o Brasil retribuirá com tarifas sobre produtos dos EUA. (g1)
Sobre a decisão do Banco Central de elevar a Selic para 13,25%, Lula afirmou que não foi surpreendido e reiterou confiança no novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo. Segundo ele, a queda dos juros acontecerá “no tempo que a política permitir”. A declaração de apoio à independência do BC reforçou o movimento de alta da bolsa brasileira, que sobe mais de 2% no pregão. Ao ser questionado sobre as críticas de Gilberto Kassab, que classificou Fernando Haddad como um ministro “fraco” e disse que, se a eleição presidencial fosse hoje, Lula perderia, o presidente caçoou. “Quando eu vi a história do companheiro Kassab, comecei a rir, porque como ele disse, se a eleição fosse hoje, eu perderia. Olhei o calendário e vi que a eleição é daqui a quase dois anos, então fiquei despreocupado”, disse. Lula ainda defendeu Haddad, elogiando sua atuação na PEC da Transição, no arcabouço fiscal e na reforma tributária. “Acho que o Haddad é um ministro extraordinário. Ele convenceu todo o governo e o Congresso de que além de cumprir o arcabouço, não poderíamos gastar mais de 2,5% do investimento. Depois, coordenou uma coisa que o mundo vai agradecer, que foi a reforma tributária. Foi, na verdade, um milagre.” (CNN Brasil)