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O Brasil registrou um recorde no número de agrotóxicos aprovados em 2024. Segundo o Ministério da Agricultura, 663 produtos receberam autorização para comercialização, superando os 555 registrados em 2023 e os 652 de 2022. No entanto, a maioria dos produtos registrados no ano passado são genéricos, ou seja, versões formuladas a partir de ingredientes ativos já utilizados no país. Apenas 12 produtos foram totalmente novos, um número considerado baixo. Além disso, a falta de consenso entre a Anvisa, o Ibama e o Ministério da Agricultura tem dificultado a regulamentação da nova lei de defensivos agrícolas, sancionada em 2023. A ausência de diretrizes claras gera insegurança para as indústrias, que reclamam da burocracia e da imprevisibilidade no processo de registro. Atualmente, cerca de 4,2 mil produtos aguardam aprovação, incluindo 25 novas moléculas mais modernas que estão na fila há pelo menos cinco anos. Para tentar agilizar os registros, o governo promete implementar, até julho deste ano, um sistema unificado de avaliação, o Sistema Integrado de Agrotóxicos. A ferramenta centralizará os pedidos e facilitará a análise dos órgãos reguladores, seguindo modelos já adotados em países como os Estados Unidos. Enquanto isso, o governo planeja lançar em março o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que pretende substituir produtos altamente tóxicos e ampliar o monitoramento do impacto ambiental dessas substâncias. (Globo Rural)