Meio

O fluxo global de Investimento Estrangeiro Direto (IED) diminuiu 8% em 2024, totalizando US$ 1,4 trilhão, segundo a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). O Brasil seguiu a tendência global, com uma queda estimada de 5%, totalizando US$ 61 bilhões em 2024, segundo dados preliminares. Apesar disso, o país permanece na quinta posição entre os maiores destinos de investimento. Na América Latina, o IED sofreu redução de 9%, impactado, em parte, pela queda nos preços de energia. No entanto, Brasil, Argentina e Colômbia apresentaram aumento no número e no valor de projetos greenfield, que envolvem a construção de operações do zero. As fusões e aquisições internacionais subiram 2%, sugerindo uma possível reversão na tendência de queda observada nos últimos dois anos. Para 2025, a Unctad projeta crescimento moderado no investimento estrangeiro direto global, com fatores como a reestruturação de cadeias de suprimento globais, avanços tecnológicos e maior interesse em setores como inteligência artificial, segurança cibernética e transição energética orientando os fluxos de investimento. Entretanto, a agência alerta que a incerteza política, riscos de segurança e volatilidade dos mercados continuarão a limitar os fluxos em algumas regiões. Nos Estados Unidos, o fato Trump e suas políticas tarifárias também podem ser um fator preponderante nesse indicador. (Valor)