UE exige documentos sobre algoritmo do X
A investigação ampliada pela Comissão Europeia, anunciada na sexta-feira, exigiu que o X entregue documentos internos sobre seu algoritmo de recomendação, emitiu uma “ordem de retenção” para todos os documentos relevantes e ordenou que Elon Musk divulgue completamente as recentes mudanças feitas nas recomendações do X, intensificando uma investigação sobre o papel da plataforma de mídia social na política europeia. O regulador da UE quer acesso a informações sobre como a rede social modera e amplifica o conteúdo. A medida segue reclamações de políticos na Alemanha de que o algoritmo do X está promovendo conteúdo da extrema-direita antes das eleições de 23 de fevereiro no país.
Musk manifestou apoio à Alternativa para a Alemanha (AfD), argumentando que salvará a maior nação da Europa do “colapso econômico e cultural”. O serviço de inteligência doméstica alemão designou partes da AfD como extremistas de direita.
Na sexta-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, endureceu o discurso contra Musk, descrevendo o apoio dele à AfD como “completamente inaceitável”. O partido está atualmente em segundo lugar nas pesquisas com cerca de 20% de apoio, à frente dos Social-Democratas de Scholz e atrás da oposição União Democrata Cristã. No início da semana, os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Alemanha disseram que estavam suspendendo suas atividades no X, com o Ministério da Defesa dizendo que estava cada vez mais “insatisfeito” com a plataforma.
A chefe digital da Comissão, Henna Virkkunen, disse que o novo pedido ajudava “a monitorar sistemas em torno de todos esses eventos que estão ocorrendo”, inclusive sobre uma discussão que Musk conduziu na semana passada com a co-líder da AfD, Alice Weidel, na qual ela teve liberdade para promover a plataforma de seu partido e fazer falsas alegações sobre Adolf Hitler. No entanto, a fonte ponderou que era “completamente independente de quaisquer considerações políticas ou eventos específicos”. “Estamos comprometidos em garantir que toda plataforma que opere na UE respeite nossa legislação, que visa tornar o ambiente online justo, seguro e democrático para todos os cidadãos europeus”,
O X não respondeu à reportagem. (Folha)