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O governo revogou a norma da Receita Federal sobre o monitoramento de transações feitas via Pix, após a medida ser alvo de uma campanha massiva de desinformação. Nas redes sociais, vídeos como do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) bateram mais de 200 milhões de visualizações e conseguiram dominar a narrativa. O engajamento da oposição foi 20 vezes maior do que os conteúdos de parlamentares governistas, segundo levantamento da Bites. Segundo o levantamento da Bites, conteúdos enganosos atingiram mais de 22 milhões de pessoas entre 9 e 13 de janeiro, enquanto o governo não conseguiu frear o avanço das fake news sobre o tema. Em resposta, o Palácio do Planalto anunciou a criação de uma Medida Provisória para reforçar o sigilo, a gratuidade e a equiparação do Pix ao dinheiro vivo, para tentar recuperar a confiança no sistema de pagamentos instantâneos. Enquanto isso, o Google registrou o maior pico de buscas sobre o Pix desde o lançamento do sistema, em 2020. No YouTube, os vídeos mais populares reforçavam uma falsa narrativa de que o governo tributaria as transferências. Para conter os danos, a Secom reconheceu a necessidade de uma estratégia mais estruturada, com foco especial na mídia regional, e prometeu acelerar a contratação de serviços de comunicação digital suspensos pelo Tribunal de Contas da União desde o ano passado. (CNN Brasil)