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O número de transações via Pix caiu 10,9% entre os dias 4 e 10 de janeiro, na comparação com o mesmo período de dezembro, marcando o maior recuo mensal desde o lançamento do sistema de pagamentos instantâneo. Segundo levantamento do Globo, com base em dados do Banco Central, o intervalo analisado é tradicionalmente de alta movimentação, por coincidir com o pagamento de salários, mas ficou abaixo do esperado e também aquém dos números registrados nos últimos meses de 2024. O recuo acontece em meio à repercussão de uma norma da Receita Federal que amplia a fiscalização de movimentações financeiras. Boatos sobre a criação de um novo imposto e alegações falsas sobre violação de sigilo bancário viralizaram nas redes sociais. O Banco Central e a Receita negam as informações, afirmando que a nova regra apenas consolida declarações financeiras já existentes e busca combater grandes esquemas de sonegação e crimes como lavagem de dinheiro. A norma obriga instituições de pagamento a informar transações acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas, mas não identifica o tipo de operação, como Pix ou TED. Mesmo com o recuo, o Pix segue como o meio de pagamento mais usado no Brasil, movimentando cerca de R$ 2,5 trilhões por mês e sendo considerado uma das maiores inovações financeiras do país. (Globo)