Montadoras chinesas começam a produzir carros elétricos no Brasil em 2025
As montadoras chinesas BYD (Build Your Dreams) e GWM (Great Wall Motors) começam sua produção de seus veículos híbridos e elétricos no país neste ano. A GWM confirmou que a fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo, será inaugurada em maio, e a produção para o mercado brasileiro começa no início do segundo semestre com o híbrido Haval 6, a gasolina. A BYD também pretende abrir sua fábrica na Bahia neste primeiro semestre. A empresa já anunciou o desenvolvimento de um motor flex, que vai equipar o híbrido Song Plus, que será fabricado na Bahia. O BYD Dolphin Mini, carro 100% elétrico, será o segundo modelo a ser montado aqui.
A expectativa é de que outras montadoras chinesas anunciem produção no Brasil, entre 2026 e 2030. Entre elas estão Neta, GAC e Omoda/Jaecoo.
Para o consumidor, o início da produção local não deve se refletir em preços mais baixos que os importados. Como estão em fase de investimentos, as empresas precisam de margens de lucro mais altas para cobrir seus custos de instalação. O Haval 6 custa em torno de R$ 240 mil enquanto o Song Plus e o Dolphin Mini saem por volta de R$ 299 mil e R$ 115 mil, respectivamente.
Com a produção nacional, as chinesas também começam a se apropriar dos incentivos do governo para o setor por meio do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que oferece benefícios fiscais para pesquisa e desenvolvimento, produção tecnológica e autopeças.
Em 2024, a China respondeu por 26% nas importações brasileiras de veículo (105.763 unidade). A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) quer a elevação do Imposto de Importação para 35% para estimular as montadoras já instaladas no país, que investem R$ 150 bilhões até 2030. (Globo)