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Mortes em incêndios de Los Angeles sobem para 24

Lokman Vural Elibol/Anadolu via AFP

Incêndios continuam a devastar a segunda maior cidade dos Estados Unidos pelo sexto dia seguido, reduzindo comunidades inteiras a cinzas, deixando milhares de desabrigados e, até aqui, 24 mortos em Los Angeles, na Califórnia. Dezesseis deles foram encontrados na área do incêndio em Eaton, e oito em Palisades, segundo relatório das autoridades locais. As chamas continuam se espalhando a uma velocidade assustadora. Duas das vítimas foram oficialmente identificadas, e o Los Angeles Times identificou outras oito, mas o governo afirma que o número de mortos será ainda maior. Operações de busca e resgate com cães farejadores estão em andamento em Eaton e Palisades, segundo o xerife de Los Angeles, Robert Luna. “Não espero boas notícias”, disse ele. “As buscas levarão um tempo considerável para serem concluídas dada a devastação causada e os desafios de segurança nas buscas.” (Los Angeles Times)

Entre as vítimas há um ex-ator mirim australiano, um aposentado amputado e seu filho com paralisia cerebral e idosos com dificuldade de locomoção. Algumas delas morreram após se recusarem a abandonar suas casas. Conheça algumas das histórias. (g1)

Donald Trump chamou as autoridades da Califórnia de “incompetentes” em uma publicação na sua rede Truth Social. O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newson, pediu que o presidente eleito deixe de politizar a crise e faça uma viagem pela região para mostrar apoio. (New York Times)

Imagens de antes e depois revelam a escala dos danos. Palisades Village e Pacific Palisades foram devastadas pelos incêndios em Los Angeles. Um vídeo gravado em março e outro filmado agora, dez meses depois, revelam a destruição causada pelas chamas, com edifícios queimados, carros destruídos, ruas cobertas de cinzas e escombros. (BBC)

O Fantástico contou a história de brasileiros que escaparam às pressas das chamas. Um homem que perdeu sua casa e não quer se identificar conta o que viveu. Ele voltou ao lugar onde vivia, em Pacific Palisades, para tentar salvar alguma coisa, mas só encontrou destruição. “Saímos e inesperadamente nunca mais pudemos voltar.” (Fantástico)

Os incêndios também escancaram falhas no mercado de seguros. As empresas têm deixado de oferecer seguro residencial no estado. Em 2022, a Allstate, quarta maior seguradora residencial da Califórnia, parou de vender apólices. Em março, a State Farm cancelou 30 mil apólices residenciais na região. Na época, a empresa atribuiu o cancelamento ao crescente risco de incêndios. (Economist)

As equipes de bombeiros estão esgotadas e mais de 900 presidiários se ofereceram para fazer parte do programa de combate às chamas. (Estadão)

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Pelo menos oito pessoas morreram em um deslizamento de terra em Ipatinga, em Minas Gerais, e ainda há desaparecidos. De acordo com a prefeitura, a cidade registrou 80 milímetros de chuva em uma hora. O temporal causou transbordamento de córregos, alagamentos e deslizamentos. O município decretou estado de calamidade pública por 180 dias. As vítimas serão abrigadas no estádio Ipatingão. Em Santana do Paraíso, cidade vizinha, uma pessoa morreu e três ficaram feridas no desabamento de uma casa. (g1)

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Política

O governo Lula divulgou uma nota no fim de semana na qual disse acompanhar “com grande preocupação” as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela. A eleição de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, em julho de 2024, não foi reconhecida pelo Brasil. Apesar da nota, o presidente Lula manteve o silêncio sobre a posse do ditador venezuelano, na última sexta-feira. (Globo)

Já o líder do governo Randolfe Rodrigues (PT-AP) foi mais duro é disse que “o governo venezuelano é uma ditadura e a posse do senhor Nicolás Maduro é ilegítima e farsante”, ressaltando que é um dever dos democratas condenar qualquer regime ditatorial, de direita ou de esquerda. (CNN)

Também na sexta-feira, os ministros das Relações Exteriores dos sete países mais industrializados do planeta denunciaram o que classificaram como “falta de legitimidade” democrática na posse do venezuelano. O G7 se posicionou por meio de declaração emitida pelo Canadá, presidente do grupo este ano. (Globo)

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, deu 30 dias para que o Ministério da Educação, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União definam normas ou orientações para prestação de contas sobre o uso de emendas parlamentares por instituições de ensino superior e fundações de apoio. O despacho do ministro, publicado no último domingo, acontece depois de uma auditoria da CGU apontar que metade das ONGs analisadas não fornece transparência adequada. Dino estabeleceu o mesmo prazo aos Estados. (UOL)

Em uma escalada de tensão entre apoiadores de extrema direita de Donald Trump, o ex-conselheiro Steve Bannon atacou Elon Musk, chamando-o de “racista” e “verdadeiramente mau”. Bannon prometeu “derrubar” Musk e expulsá-lo do movimento Maga, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera. Bannon criticou a posição de Musk sobre imigração, especialmente seu apoio aos vistos H-1B, que permitem a contratação de profissionais estrangeiros qualificados. Ele acusou Musk de manipular o sistema de imigração em benefício próprio e de suas empresas, como SpaceX e Tesla. Além de o acusar de promover um “tecno-feudalismo em escala global”. (Guardian)

Parece não haver limites para as sombrias revelações expostas pela queda do regime de 54 anos de Assad na Síria. Prisões foram esvaziadas, revelando instrumentos de tortura usados contra manifestantes pacíficos e outros considerados opositores do governo. Pilhas de documentos oficiais registram milhares de detidos. Necrotérios e valas comuns abrigam as vítimas magras e com corpos quebrados, ou pelo menos algumas delas. Muitas outras ainda não foram encontradas. A aliança rebelde que derrubou o presidente Bashar al-Assad no mês passado prometeu caçar e processar altos funcionários do regime por crimes que incluem assassinato, prisão indevida, tortura e uso de gás contra seu próprio povo. (New York Times)

Meio em vídeo. No Diálogos com a Inteligência desta semana, Christian Lynch recebe o sociólogo Adalberto Cardoso. No papo, como funciona o sistema previdenciário brasileiro e seu esquema de pirâmide, dívidas públicas em países estrangeiros e outros assuntos. (YouTube)

Amores Maduros

Spacca

Cultura

O 36º Festival Internacional de Cinema de Palm Springs premiou o longa de Walter Salles Ainda Estou Aqui na categoria Melhor Filme Internacional. “Evocando a gravidade da violência sem recorrer ao melodrama, Salles captura um momento crítico da história em detalhes escrupulosos e convincentes”, afirmou o júri especializado, composto por críticos de cinema de diversas nacionalidades. (Globo)

Vencedor do Oscar de melhor direção com o filme Parasita, Bong Joon Ho vai estrear seu novo longa de ficção científica Mickey 17 em fevereiro no Festival de Cinema de Berlim. A produção de US$ 118 milhões marca o retorno do diretor sul-coreano desde que ganhou a Palma de Ouro em Cannes e fez história no Oscar, ao ser o primeiro longa estrangeiro a ganhar o prêmio de melhor filme. (Variety)

O espetáculo que vai comemorar os 50 anos do Grupo Corpo, com estreia em São Paulo, terá um inédito protagonismo feminino, diz Lauro Jardim, colunista do Globo. Pela primeira vez a trilha sonora será composta por uma mulher, Clarice Assad. A criação do balé é dividida entre Cassi Abranches, ex-bailarina do grupo, e Rodrigo Pederneiras. (Globo)

Cotidiano Digital

Um estudo do Google DeepMind e da Universidade de Stanford, nos EUA, criou duplicata digital de pessoas depois de conversas de duas horas com voluntários. O estudo envolveu 1.052 pessoas de diversos perfis demográficos. Os participantes foram entrevistados por um sistema de inteligência artificial projetado para “incorporar” as atitudes e a personalidade de cada indivíduo. “Podemos criar um agente de uma pessoa, uma réplica de IA, que capture muitas de suas complexidades e naturezas idiossincráticas, diz Joon Sung Park, chefe da pesquisa, à revista New Scientist. (g1)

Uma lei sancionada em abril pelo presidente Joe Biden pode tirar o Tik Tok do ar de todo o território dos Estados Unidos. O aplicativo só não será banido se a empresa ByteDance, dona do Tik Tok, conseguir um comprador que seja de confiança até o dia 19 de janeiro, mas esse comprador não pode ter qualquer relação com a empresa da China. O governo dos EUA alega que a China pode se aproveitar da popularidade do Tik Tok para obter dados dos norte-americanos, o que seria um risco à segurança nacional. A empresa nega que isso aconteça. (Economist)

O X disse ter implementado uma nova funcionalidade para rotular perfis de paródia ou sátira. A medida busca evitar confusões, já que postagens dessas contas já foram tomadas como declarações autênticas de pessoas ou entidades reais. Os rótulos serão exibidos tanto nos perfis quanto em suas postagens e podem ser ativados manualmente pelos usuários acessando as configurações e selecionando a opção “Paródia, comentário e conta de fã”. Segundo o X, a funcionalidade foi projetada para aumentar a transparência e garantir que os usuários não sejam enganados quanto à natureza das contas. (TechCrunch)

A decisão da Meta em acabar com seu programa de checagem de fatos mostra que a batalha contra a desinformação vai recrudescer nos próximos anos. Saiba tudo sobre o alinhamento de Mark Zuckerberg com o novo governo Trump lendo a nossa última Edição de Sábado. Ela é exclusiva para assinantes premium, mas você pode ler o comecinho em nosso site e assinar para ler o resto.

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