Temor fiscal e Fed levam dólar a R$ 6,267, Ibovespa despenca 3,15%
As incertezas em relação ao desenho e à aprovação do pacote fiscal se juntaram à decisão do banco central americano de cortar os juros em 0,25 ponto percentual e sinalizar uma redução no ritmo de afrouxamento monetário, criando uma tempestade perfeita no mercado financeiro. O dólar disparou 2,82%, maior alta diária desde os 4,10% de 10 de novembro de 2022, cotado a R$ R$ 6,2672 — maior valor nominal da história. Minutos após a decisão do Federal Reserve, divulgada às 16h, a moeda americana chegou à máxima de R$ 6,2,707. Além da questão fiscal, que tem feito a moeda americana registrar seguidos recordes de fechamento, a diminuição nos cortes de juros nos EUA deixa o mercado americano mais atraente. O investidor prefere a segurança de lá a se arriscar aqui, mesmo com a Selic em alta. Sem dólares vindo para o Brasil, a cotação piora. Mas o medo de desidratação do pacote fiscal no Congresso é o que mais pesou. A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com previsão de mais despesas no Orçamento de 2025 também não foi bem recebida pelos investidores. O Ibovespa também sofreu. O principal índice da Bolsa brasileira despencou 3,15%, aos 120.769,78 pontos. O recuo também foi o maior desde 10 de novembro de 2022 (3,35%). (g1)