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‘As Polacas’ leva às telas a exploração de mulheres no Brasil imperial

Valentina Herszage vive Rebeca, uma imigrante judia no Brasil do século 19. Foto: Ique Esteves / Divulgação

Na segunda metade do século 19, mulheres judias deixaram a Polônia fugindo da perseguição antissemita. Esperavam encontrar um lugar seguro no Brasil, mas em grande parte acabaram vítimas de redes de prostituição. Esse drama real é contado no longa As Polacas, de João Jardim, que estreia nesta quinta-feira. Rebeca (Valentina Herszage) vai assumir a liderança de um grupo de mulheres para tentar escapar da exploração.

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A luta real de uma mulher – aliás, santa – imigrante, agora nos Estados Unidos, é o tema também de Cabrini, de Alejandro Monteverde. Cristina Del’Anna vive Francesca Cabrini (1850-1917), uma freira italiana que enfrentou o machismo e o sentimento anti-italiano para abrir em Nova York o primeiro de uma rede de orfanatos. Naturalizou-se americana em 1909 e, em 1946, foi canonizada, tornando-se a primeira santa dos EUA.

Se os filmes de super-heróis estão em baixa, os estúdios apostam nos vilões. É o caso de Kraven – o Caçador, que traz Aaron Taylor-Johnson como o tradicional inimigo do Homem-Aranha. O “amigo e vizinho” escalador de paredes não aparece no filme, centrado na conturbada origem do criminoso, com sua força sobre-humana, suas relações complicadas com a família e seu gosto por matar bichinhos. Como não odiar um sujeito assim?

Guardando algum paralelo com A Substância, Um Homem Diferente aborda o outro lado do culto à imagem ao retratar Edward, um jovem ator com uma séria deformidade facial, o que limita muito seu trabalho. Um procedimento cirúrgico corrige sua aparência e ele, após fingir a própria morte, começa a viver a vida de seus sonhos, até que tem de usar uma máscara para interpretar seu “eu anterior”. Sebastian Stan, o Soldado Invernal da Marvel, está cotado para a temporada de premiações por sua atuação como Edward.

Fantasia e realidade se misturam no curioso Marcello Mio, estrelado por Chiara Mastroianni, filha de duas lendas do cinema, Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni. Em crise existencial, Chiara passa “a viver” a vida do pai, imitando seu jeito de falar e de se vestir, reproduzindo cenas marcantes de sua carreira e pedindo para ser tratada pelo nome dele. E, claro, a diva Deneuve aparece como ela própria.

E ainda no campo da identidade há a animação A Outra Forma, de Diego Guzmán. Em um futuro próximo, a humanidade construiu na Lua um paraíso, longe da degradação ambiental da Terra. O problema é que, para sobreviver lá, a pessoa precisa ter a cabeça quadrada – tipo Minecraft mesmo. Ao protagonista, resta a opção de se enquadrar na nova forma, literalmente, ou lutar para manter sua identidade.

Baseado no livro homônimo de William S. Burroughs, Queer traz Daniel Craig como um veterano americano da Segunda Guerra radicado na Cidade do México, vivendo de auxílio do governo e frequentando a vida boêmia da cidade. Até o dia em que se apaixona por um rapaz.

Não é raro o cinema falar dele mesmo ou da paixão de desperta. Mas raramente o faz com a sensibilidade do indiano A Última Sessão. A vida do menino Samay, de 9 anos, muda quando ele assiste a um filme pela primeira vez no cinema de sua cidade. O menino não conhece limites para alimentar sua fome por novas histórias e o desejo de um dia se tornar cineasta. Mas a vida e as transformações no mundo podem impor obstáculos a nossos desejos.

E para cumprir a cota de sustos, há o tailandês Quando a Morte Sussurra 2, com direito a sangue, gosma e fantasmas em locações na floresta e na cidade.

Confira a programação completa dos cinemas na sua cidade. (AdoroCinema)

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