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Expulsar garimpeiros de terras indígenas se tornou mais difícil diante do fato de que indígenas também estão garimpando. Lideranças estimam que 40% do garimpo na reserva Munduruku, no Pará, por exemplo, é realizado pelo povo originário. A terra Munduruku, um ponto crítico para o garimpo ilegal, tem 140 aldeias e 9 mil residentes. A mineração tem causado divisões dentro da etnia. A maioria acredita ser errado, mas alguns dizem que a falta de assistência força o povo a buscar ouro. No ano passado, o cacique Samuel Manga Bal, ligado ao garimpo, foi ameaçado por seu irmão, Domingo, e teve que deixar a aldeia. “Vou voltar para o garimpo. Não temos café, não há açúcar, nada, só farinha de mandioca”, afirma Bal. (Folha)