Brasil busca solução definitiva para descarte de material radioativo
Com a licença da usina Angra 1 renovada por mais 20 anos e a definição sobre Angra 3 no horizonte, o Brasil, por outro lado, enfrenta o desafio de lidar com o descarte de material radioativo. O complexo de Angra, que opera com depósitos para rejeitos de baixa e média radioatividade e armazena combustível usado, deve atingir sua capacidade máxima entre 2028 e 2030. Ainda não há um repositório definitivo para esses resíduos, e uma obra poderia levar até cinco anos para ser concluída. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) está finalizando estudos para definir o projeto do Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena), que abrigará rejeitos radioativos de menor risco. Cinco cidades do Sudeste estão sendo analisadas para receber o repositório, mas a escolha do local ainda não foi anunciada, evitando especulações políticas ou imobiliárias. O projeto atualizado será apresentado no início de 2025 e pode exigir investimentos de até R$ 300 milhões. Enquanto isso, a Eletronuclear, estatal que opera as usinas, considera alternativas como a construção de novos depósitos ou a otimização dos atuais para evitar interrupções no descarte. O combustível usado, que pode ser reaproveitado, é armazenado em cilindros reforçados com capacidade garantida até 2045. Apesar dos riscos associados ao descarte de rejeitos nucleares, especialistas afirmam que eles são significativamente menores que os de um reator em funcionamento. (Globo)