Galípolo confirma necessidade de subir juros; JP Morgan espera 1% de alta em dezembro
Em meio à escalada do dólar, já acima dos R$ 6 e da elevação dos juros futuros, o diretor de política monetária, e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou que a autarquia monetária está firmemente comprometida com a meta de inflação de 3%. Durante o evento Esfera Brasil, em São Paulo, Galípolo reconheceu o crescimento econômico surpreendente e a baixa taxa de desemprego, mas reiterou que a alta dos juros será necessária para manter a economia sob controle. “O BC é o chato da festa, de diminuir o som quando as coisas parecem estar indo bem. Mas isso acontece para desacelerar e as coisas não saírem do controle”, afirmou. O diretor explicou que a convivência com juros altos impacta diretamente o Tesouro Nacional, mas defendeu que o debate sobre normalização das políticas econômicas não deve ser exclusivo do BC. (InfoMoney)
Falando em alta de juros, o JP Morgan elevou sua projeção da Selic. Em um relatório divulgado na última quinta-feira, o banco americano passou a prever que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 1 ponto percentual em sua reunião de dezembro, para 12,25% e que a taxa básica de juros deve ter o seu pico em 14,25%. Na análise anterior do banco, esse pico seria em 13%. A revisão de racionais reflete a piora nas expectativas de inflação após o anúncio do pacote fiscal do governo, que, por ora, não conseguiu recuperar a credibilidade na política econômica. O JP Morgan destacou que medidas como a isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil e a taxação de altos rendimentos podem gerar pressões inflacionárias adicionais ao aumentar a renda disponível para consumo. (CNN Brasil)