STF diz não suspeitar de ministros do STJ por venda de sentenças
Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), não apareceram nas investigações sobre venda de sentenças por magistrados indícios de que ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tenham participado do esquema no tribunal. Trata-se da primeira manifestação pública do STF sobre o caso desde que veio à tona a informação de que a Polícia Federal identificou menção a uma autoridade do tribunal em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A investigação da Polícia Federal cita o nome de ao menos cinco ministros que tiveram decisões negociadas supostamente por servidores, advogados e lobistas. “O Coaf compartilhou com a PF relatório de inteligência financeira contendo informações que poderiam apontar o envolvimento de pessoa detentora de foro por prerrogativa de função no Supremo. Com isso, os autos foram encaminhados ao STF. Não há, até o momento, elementos sobre o envolvimento de magistrados de tribunais superiores”, diz o texto. O UOL revelou que entre os alvos de buscas estão Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, e Rodrigo Andrade, chefe de gabinete do ministro Og Fernandes. Outro funcionário do STJ alvo da PF é Márcio José Toledo Pinto, que atuou como assessor nos gabinetes de Isabel Gallotti e Nancy Andrighi. (UOL)