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Copom cita mercado de trabalho robusto e EUA para justificar aumento de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira a ata de sua última reunião, realizada na semana passada, onde decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A decisão unânime é justificada pelo cenário econômico desafiador, com a inflação resistente e expectativas desancoradas, além de um contexto global de incertezas. O Banco Central destacou que “a inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta” e que o mercado de trabalho doméstico permanece robusto, o que dificulta o controle dos preços, especialmente no setor de serviços. As expectativas de inflação, segundo a pesquisa Focus, são de 4,6% para 2024 e 4,0% para 2025, ambas acima da meta de 3%. Na análise do cenário externo, o Copom mencionou a incerteza sobre o ritmo da inflação nos Estados Unidos e a possibilidade de um cenário econômico do novo governo Trump, além de riscos geopolíticos que aumentam a volatilidade dos mercados. “A menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, alertou o Comitê.

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Em relação à política monetária interna, o Copom justificou a necessidade de uma postura mais contracionista por conta do dinamismo da atividade econômica, a depreciação recente do câmbio e o fato da economia brasileira operar muito próxima de sua plena capacidade, o que pode gerar pressão inflacionária. O Banco Central frisou que a elevação de 0,50 ponto percentual na Selic é compatível com a estratégia de estabilizar os preços e, ao mesmo tempo, “suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego”, mas negou oferecer uma perspectiva futura quanto às próximas decisões, se limitando a dizer que o Comitê acompanhará os próximos dados e a conjuntura econômica atualizada. O BC incentivou o governo a fazer cumprir o arcabouço fiscal e não reduzir o ímpeto de realizar reformas estruturais. (Meio)

 

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