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Conferência do clima começa sob a sombra de Trump

Foto: Alexander Nemenov/AFP

Com o mundo à beira de um novo recorde de calor e à sombra da eleição de Donald Trump, que pode abandonar novamente o Acordo de Paris, como em seu primeiro mandato, começou ontem em Baku, no Azerbaijão, a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP29). “Estamos a caminho da ruína. E não se trata de problemas futuros. A mudança climática já está aqui. Precisamos muito mais de todos vocês”, conclamou em seu discurso de abertura o presidente da COP, Mukhtar Babayev, que é ministro da Ecologia do Azerbaijão e ex-diretor da estatal petrolífera do país. Sem os chefes de governo de Estados Unidos e China, o evento, que vai até o próximo dia 22, precisa superar as divergências para firmar um acordo ambicioso, principalmente sobre o repasse de valores dos Estados ricos aos em desenvolvimento afetados pelas mudanças climáticas. Para o secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, o financiamento da luta climática não é “caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores”. (UOL)

Um primeiro passo foi dado ontem. Negociadores internacionais aprovaram as regras para um mercado de créditos de carbono administrado pela ONU. Cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono removida da atmosfera ou que tem sua emissão evitada. As novas regras dizem respeito principalmente aos países desenvolvidos e poluidores que compram créditos de nações que reduziram CO2 além do que haviam prometido. A proposta, no entanto, foi criticada por ativistas, que indicam falhas no texto em áreas como a proteção dos direitos humanos das comunidades afetadas pelos projetos. (Folha)

Do outro lado do mundo, Trump anunciou que o ex-deputado Lee Zeldin, um republicano de Nova York, vai chefiar a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Esse posto é central para os planos de Trump de desmantelar as regulamentações ambientais. Durante a campanha presidencial, ele prometeu “matar” e “cancelar” a EPA, assim como regras para combater o aquecimento global de restrição à poluição de escapamentos de veículos, de chaminés de centrais elétricas e poços de petróleo e gás. “Restauraremos o domínio energético dos EUA, revitalizaremos nossa indústria automobilística para trazer de volta os empregos americanos e tornaremos os EUA o líder global da IA”, afirmou Zeldin. Já o presidente eleito disse em nota que seu escolhido “garantiria decisões de desregulamentação justas e rápidas que serão promulgadas de forma a liberar o poder das empresas americanas, ao mesmo tempo que manteria os mais altos padrões ambientais, incluindo o ar e a água mais limpos do planeta”. (New York Times)

Um retrocesso ambiental nos EUA preocupa ainda mais frente à afirmação de que a meta climática de limitar o aquecimento global a 1,5ºC até o final do século pode já ter sido ultrapassada. É o que sugere um estudo publicado na revista Nature Geoscience, indicando que o aumento das temperaturas em relação ao período pré-industrial já pode ter alcançado 1,5°C em 2023. Pesquisadores usaram amostras de camadas de gelo retiradas do interior das geleiras da Antártica que cobrem os últimos 2 mil anos para entender a relação entre o aumento de dióxido de carbono na atmosfera e a elevação da temperatura global. (g1)

Voltando ao gabinete de Trump, o presidente eleito anunciou que Thomas Homan, alto funcionário da imigração do primeiro governo do republicano, será o novo “czar da fronteira”. Ele já disse que batidas em locais de trabalho atrás de imigrantes em situação ilegal serão retomadas. Segundo Trump, “não há ninguém melhor em policiar e controlar nossas fronteiras” e Homan “ficará encarregado de todas as deportações de imigrantes ilegais de volta ao país de origem”. (New York Times)

Meio em vídeo. Três questões garantiram a vitória de Trump. A primeira: Joe Biden procurou aquecer a economia com o Estado, gerou inflação. A segunda: o Partido Democrata acreditou na bússola identitária, e os latinos começaram a votar no Partido Republicano. E a última: abriu um abismo entre aqueles com ensino superior e os sem. E os menos educados estão com raiva. Pedro Doria explica no Ponto de Partida. (YouTube)

Mais Meio em vídeo. A economista Deborah Bizarria e o cientista político Carlos Melo se juntam aos apresentadores do Central Meio nesta terça-feira para discutir temas que vão do meio ambiente ao corte de gastos, passando, claro, por Donald Trump. Não perca, ao vivo, às 12h45. (YouTube)

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A Holanda anunciou que, a partir do próximo dia 9, vai impor controles em suas fronteiras terrestres, com Alemanha e Bélgica, países que integram o espaço Schengen de livre circulação de pessoas e mercadorias da União Europeia. Os controles fronteiriços devem durar seis meses e fazem parte de política de repressão mais ampla à imigração, proposta pela coligação de direita liderada pelo partido nacionalista antimuçulmano PVV, de Geert Wilders. A Alemanha anunciou em setembro medida temporária semelhante também em função da questão migratória. (Reuters)

Está na reta final – e deve ser concluído nas próximas semanas – o inquérito sobre a trama golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes. Em seguida, a prioridade na lista da Polícia Federal será o inquérito das fake news. Investigadores envolvidos na apuração dizem que o foco muda assim que o trabalho sobre o golpe for concluído. Com Alexandre de Moraes como relator, o sigiloso inquérito das fake news foi aberto pelo ministro Dias Toffoli em março de 2019 para investigar ameaças e ofensas a integrantes da Corte e seus familiares. A PF, assim como uma ala representativa do Supremo, quer encerrar o inquérito aberto há sete anos – apesar da resistência de Moraes em fechar a apuração, que ele vem desdobrando em outras desde então. “Está na hora de virar a página”, diz uma das pessoas a par dos trabalhos, que ainda não estão na reta final como os do golpe. (Globo)

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Viver

Um mês antes de o delator do PCC Antonio Vinicius Lopes Gritzbach ser executado no aeroporto de Guarulhos, na última sexta-feira, a Corregedoria da Polícia Militar já havia instaurado um inquérito para apurar o suposto envolvimento dos policiais que faziam sua segurança com a facção criminosa. Após o homicídio, os corregedores revisitaram o inquérito e perceberam que os nomes dos policiais já apareciam na investigação. De acordo com o secretário da Segurança, Guilherme Derrite, os PMs terão de explicar o que faziam, pois a prestação de serviços como segurança particular é proibida pelo regulamento da corporação, sendo considerada transgressão disciplinar grave. No sábado, quatro agentes foram afastados de suas funções até o fim das investigações. (g1)

Eliane Cantanhêde: “O assassinato audacioso de um delator do PCC, à luz do dia, no aeroporto internacional do principal estado do país, confirma brutalmente o quanto o crime organizado está ganhando a guerra, faz o que quer e está infiltrado nas instâncias de poder e nas polícias. Um dos alvos da delação de Gritzbach era o aparato policial de São Paulo, mas não é que delegaram sua segurança justamente a policiais paulistas? Na hora H, com o delator vulnerável, no aeroporto de Guarulhos, três dos quatros seguranças estavam num posto de gasolina. O carro deles ‘não pegou’. Brincadeira de mau gosto. Nem quem acha que vacina causa Aids acredita numa coisa dessas”. (Estadão)

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Existem 15 tipos de orgasmo, e a sexóloga Jessica Toscano falou sobre cada um deles. Há desde os mais conhecidos, como o clitoriano com suas 10 mil terminações nervosas, e o vaginal, atingido por apenas 20% das mulheres, até formas menos exploradas, como a energética, onde não há toque, e a cervical, quando o colo do útero é estimulado e pode provocar um clímax muito mais profundo. Ela também cita orgasmos múltiplos, anal, ponto G, ejaculação feminina e até um tipo que acontece quando se está sonhando. (Globo)

Panelinha no Meio. O Natal está cada vez mais perto e nada melhor do que se deliciar com as sobremesas. Esse pavetone, além de aproveitar o panetone e a lata de pêssego da cesta de Natal, deve estimular a criatividade do tio do pavê.

Cultura

Marina Colasanti foi escolhida a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti. Em comunicado, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) homenageia a autora de 87 anos “por sua contribuição à literatura, com livros que tratam de temas universais de maneira simples e poética, conquistando leitores de todas as idades”. Filha de italianos, a escritora nasceu na cidade de Asmara, capital da Eritreia, vivendo na Líbia e na Itália antes de se mudar com a família para o Rio de Janeiro, em 1948. Iniciou sua carreira como jornalista e cronista, além de trabalhar como publicitária e tradutora. Escreve livros há mais de 50 anos, somando 70 obras publicadas, entre poesia, contos, crônicas, ensaios, romances e literatura infantojuvenil. Vencedora de nove Jabutis, recebeu o Prêmio Machado de Assis, o mais antigo e importante prêmio literário do Brasil. (Estadão)

A Paramount lançou o trailer de Missão: Impossível — O Julgamento Final, novo filme da sequência, que segue estrelada por Tom Cruise. Christopher McQuarrie escreve e dirige, além de produzir ao lado de Cruise. Participam do elenco nomes como Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Esai Morales, Pom Klementieff e Vanessa Kirby. Os detalhes do filme, previsto para estrear nos cinemas em 23 de maio, estão sendo mantidos em segredo. Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte Um arrecadou US$ 567 milhões no mundo todo o ano passado. (Deadline)

Cotidiano Digital

Seguindo o esforço de incorporar a realidade virtual (RV) na educação, a Meta lançou uma nova parceria com universidades de Estados Unidos e Reino Unido, buscando mais respostas sobre um novo produto da big tech, que deve tornar essa tecnologia mais popular. Serão 13 instituições educacionais, entre elas a Imperial College London, e as universidades de Leeds e Michigan, com acesso a uma versão inicial de um produto que a companhia vem desenvolvendo há algum tempo. A Meta disse querer “tornar mais fácil para educadores descobrirem conteúdo interativo e envolvente” para áreas como ciência, medicina, história e artes da linguagem. (TechCrunch)

A rede social X anunciou que seu chatbot de inteligência artificial, Grok, até então disponível apenas para usuários premium, terá uma versão gratuita, testada em regiões como a Nova Zelândia. O chatbot foi desenvolvido pela xAI, outra empresa de Elon Musk, e possui capacidades de geração e análise de imagens. No entanto, a versão gratuita terá limites de uso: até 10 consultas a cada duas horas e três perguntas de análise de imagem por dia. (Yahoo)

Empresa de robotáxis de propriedade do Google, a Waymo publicou um estudo examinando centenas de acidentes envolvendo usuários vulneráveis das estradas, como pedestres, ciclistas e motociclistas. Segundo a companhia, o relatório é “o maior conjunto de dados desse tipo nos EUA”. O objetivo é lançar luz sobre essa área pouco examinada da pesquisa de tráfego, esperando que os resultados possam ajudar a tornar a tecnologia de direção autônoma da Waymo mais segura. A cada ano, cerca de 40 mil pessoas morrem em acidentes com veículos. Em fevereiro, um ciclista foi ferido por um veículo da montadora, em São Francisco, após surgir de trás de um caminhão que estava bloqueando a visão. (The Verge)

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