‘Ainda Estou Aqui’ estreia para não nos deixar esquecer o horror da ditadura

Fernanda Torres vive o drama real da viúva de Rubens Paiva, vítima da ditadura militar. Foto: Divulgação

Os Paiva eram uma típica família do Leblon, um casal amoroso com cinco filhos e uma casa (o bairro ainda tinha casas) sempre aberta aos amigos. Até o dia 20 de janeiro de 1971, quando militares invadiram armados o local e levaram preso o pai da família, o ex-deputado Rubens Paiva. Ele jamais voltou, e somente 40 anos depois o governo brasileiro reconheceu seu assassinato sob tortura pelas Forças Armadas. Eunice, esposa dele, também foi presa e mantida incomunicável por 12 dias, até ser libertada e dar início a uma luta para descobrir o que acontecera ao marido. Essa saga é o contada no longa, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, representante do Brasil na corrida pelo Oscar e principal estreia desta quinta-feira. Fernanda Torres, numa atuação que tem arrancado aplausos em todo o mundo, vive Eunice na narrativa, adaptada do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal. Para Salles, há um aspecto pessoal, pois, então com 14 anos, ele era um frequentador da casa da família.

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Outra mulher notável é tema de Madame Durocher, Rita Buzzar e João Segall. Sandra Corveloni vive a francesa Marie Josephine Mathilde Durocher, que chegou ao Brasil aos 7 anos em 1816 e se tornou a primeira mulher a receber o título de parteira e ser aceita na Academia Imperial de Medicina. E foi só a partir dali que conseguiu entrar na faculdade de Medicina.

Jardim dos Girassóis, de Marcelo Antunez, se baseia em livro espírita homônimo para contar a história de um homem, Rodrigo Lombardi, que não entende o fato de ter morrido e procura continuar em contato com a família que amava. Apenas o filho pequeno consegue vê-lo e não entende o motivo para os outros ignorá-lo.

Da Espanha vem Redenção, que gira em torno das consequências de um assassinato político cometido onze anos antes pelo ETA, grupo separatista basco. Maixabel, viúva do morto e líder de uma Associação das Vítimas do Terrorismo, tem que lidar com o aparente arrependimento de um dos assassinos, enquanto o outro matador enfrenta na prisão o isolamento entre seus colegas. É possível superar e perdoar?

Usando uma narrativa não-linear, Raven Jackson, conta em Todas as Estradas da Terra Tem Gosto de Sal a história de Mack, uma mulher negra na região do Mississippi, nos Estados Unidos.

Mas está tudo muito sério. A animação brasileira A Arca de Noé chega para agradar crianças e adultos (que gostam de boa música) criando uma história para encaixar canções com temática infantil de Vinícius de Moraes. Vini e Tom são dois ratinhos que burlam a regra dos casais para embarcar na dita arca e têm de garantir a própria permanência com seu talento musical. Rodrigo Santoro e Marcelo Adnet fazem as vozes da dupla.

Para a turma dos animes, Overlord: O Reino Sagrado é o terceiro desdobramento de uma saga que começou como light novels (livros curtos ilustrados), passou para mangás, ganhou uma série animada e chega às telonas. A trama retoma a narrativa a partir do fim da quarta temporada da série. Levemente inspirada em Tron, a trama fala de um homem que é transportado para dentro de seu jogo favorito e precisa enfrentar inimigos maléficos.

E então é Natal. A inescapável leva de filmes dedicados ao feriado começa com Operação Natal, com Dwayne Johnson e Chris “Capitão América” Evans integrando uma força especial com a missão de resgatar o Papai Noel.

E na sexta-feira haverá uma estreia tardia, O Lago dos Cisnes, meio documentário, meio filmagem especial para o cinema de uma apresentação do imortal balé de Tchaikovski na Ópera de Paris.

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