Era mais barato ter evitado a desgraça, diz Lula sobre acordo pela tragédia em Mariana

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O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira que o acordo de reparação pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), serve como uma lição para as mineradoras, pois sairia mais “barato” evitar a “desgraça” do que pagar as indenizações. Vale, BHP, Samarco, autoridades federais e estaduais assinaram um novo compromisso para compensação dos danos causados pela tragédia. Homologado pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o acordo prevê R$ 170 bilhões em medidas reparatórias e compensatórias. “Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato. Certamente, não custaria R$ 20 bilhões evitar a desgraça que aconteceu”, afirmou Lula na cerimônia no Palácio do Planalto. Ele também disse que a tragédia não foi evitada “por irresponsabilidade e ganância” das empresas envolvidas e destacou que o episódio não teve relação com questões climáticas. A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015, despejando 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração sobre comunidades, contaminando o Rio Doce e afluentes e chegando ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos direta ou indiretamente e 19 pessoas morreram. (g1)

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O novo acordo foi criticado pelo escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas que movem uma ação coletiva contra a BHP em Londres. Para os advogados, os valores definidos na repactuação são insuficientes e que a negociação ocorreu a “portas fechadas”. Além disso, escritório afirma que o acordo não impactará o julgamento na Inglaterra. A repactuação prevê uma indenização individual de R$ 35 mil. No caso de agricultores e pescadores, o valor é de R$ 95 mil. O Pogust Goodhead disse que os “valores definidos estão longe de cobrir os profundos prejuízos sofridos pelas vítimas”. (Globo)

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