Mauro Vieira nega caráter antiocidental do Brics: Brasil é um país do Ocidente

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Em meio a afirmações de que o Brics ganhou um caráter antiocidental com a ampliação iniciada no ano passado, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, negou que o grupo tenha essa característica. “O Brasil, até onde sei, é um país do Ocidente”, disse a jornalistas em Kazan. Na cúpula passada, na África do Sul, a inclusão de última hora do Irã foi vista como uma instrumentalização política do Brics. “Há uma visão negativa do Brics”, disse o ministro das Relações Exteriores, citando a percepção americana e europeia de que o grupo busca se contrapor à atual ordem mundial. Mas o Brasil concorda com parte dessa agenda, cobrando, por exemplo, a reforma do Conselho de Segurança. Ao mesmo tempo, busca manter distância do caráter autoritário dos parceiros como China e Rússia. “O Brics não é contra ninguém. Ele é a favor dos membros, é uma plataforma de conversas”, afirmou Vieira. (Folha)

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Míriam Leitão: “Em seu discurso por teleconferência do Palácio da Alvorada na sessão de abertura dos Brics, o presidente Lula focou na necessidade de negociações de paz para resolver conflitos globais e reforçou o aspecto econômico do bloco, que cada vez vem se tornado mais um polo anti-Ocidente. Disse ainda que o bloco deve ser uma resposta às instituições de Bretton Woods — Banco Mundial e FMI. E por quê? Porque o Novo Banco de Desenvolvimento, comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff, tem uma forma diferente de votar. No FMI e no Banco Mundial, o voto é conforme o tamanho da economia, ou seja, os mais ricos têm mais poder. Já no NBD, cada país é um voto, é mais igualitário”. (Globo)

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