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A recompra de debêntures no Brasil atingiu um volume recorde de R$ 76,4 bilhões de janeiro a setembro de 2024, segundo levantamento da Bamboo feita para o Valor Econômico. O montante é quase dez vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 8,3 bilhões, e mais que o dobro do valor de 2022, quando somou R$ 28,9 bilhões. O aumento reflete o movimento de empresas aproveitando as condições favoráveis no mercado de crédito privado para otimizar sua estrutura de capital, com a forte redução dos prêmios de risco impulsionando as recompras. Esse crescimento da demanda por fundos de crédito privado e pela compra direta de títulos, principalmente os isentos de Imposto de Renda, elevou os preços no mercado secundário, diminuindo os spreads pagos aos investidores. Contudo, esse movimento criou desafios para gestores, que agora enfrentam resgates antecipados, os obrigando-os a buscar formas de proteger suas carteiras. Gestoras, então, estão tendencialmente aumentando a alocação em títulos bancários de alta liquidez e reduzindo a exposição em papéis de crédito privado. (Valor Econômico)