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O Ministério da Educação (MEC) avançou com a proposta de proibir o uso de celulares em escolas de todo o Brasil, medida que está sendo analisada na Câmara dos Deputados. O projeto, relatado por Diego Garcia (Republicanos), quer restringir o uso de dispositivos móveis por estudantes da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, mas há discussões sobre expandir a proibição até mesmo ao ensino médio. As únicas exceções seriam atividades pedagógicas com uso de celulares autorizadas pelos professores. O projeto não é unânime no Congresso, sobretudo no aspecto das possíveis punições para estudantes que desrespeitarem a regra. A expectativa é que a votação aconteça após o segundo turno das eleições, com chances de ser aprovada na Comissão de Educação e avançar para o Senado.

A iniciativa encontra forte apoio popular: uma pesquisa do Instituto Locomotiva revela que 8 em cada 10 brasileiros concordam com a restrição. Além disso, a maioria acredita que crianças menores de 13 anos não deveriam ter celular. O estudo aponta também que 86% dos entrevistados enxergam o uso excessivo desses dispositivos como prejudicial ao desenvolvimento infantil, no aspecto da aprendizagem e da socialização. Renan Ferreirinha, secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, apoia a proibição para toda a educação básica, destacando os bons resultados da medida na rede carioca. Já os pais de alunos, embora concordem com a restrição em sala de aula, demonstram preocupação com a segurança dos filhos, desejando que eles possam carregar os aparelhos para o trajeto até a escola. (Globo)