Criação de empregos nos EUA supera consenso com 254 mil novas vagas em setembro
Muito acima do esperado. O Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos divulgou que o emprego total não agrícola aumentou em 254 mil vagas em setembro, acima da expectativa de mercado, que era de 140 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego se manteve praticamente inalterada em 4,1%. Com isso, a partir da atividade econômica mais forte, investidores passam a acreditar em um corte de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve na próxima reunião da autoridade monetária norte-americana, ao invés dos 0,50 anteriormente. Segundo ferramenta FedWatch, do CME Group, 91% dos agentes de mercado passaram a precificar corte de 25 pontos-base e apenas 9% seguem crendo em corte de 50 pontos-base.
O crescimento do emprego foi puxado por setores como serviços de alimentação e bebidas, aumento expressivo de 69 mil vagas, saúde, com 45 mil empregos a mais, e os empregos estatais, com 31 mil novos empregos. O número de pessoas desempregadas de longa duração, ou seja, aquelas que estão sem emprego há 27 semanas ou mais, permaneceu em 1,6 milhão, representando 23,7% do total de desempregados. Quanto aos ganhos, o salário médio por hora aumentou US$ 0,13, ou 0,4%, para US$ 35,36, e a semana média de trabalho caiu ligeiramente para 34,2 horas. As revisões de julho e agosto mostraram aumentos de 55 mil e 17 mil vagas, respectivamente, elevando o total de novos empregos nesses dois meses em 72 mil vagas além do que havia sido inicialmente reportado e distanciando o país do risco de recessão econômica. Além disso, a pesquisa apontou que, por enquanto, o furacão Francine, que atingiu o sul da Louisiana, não teve impacto perceptível nas estatísticas de emprego nacional. (Meio)