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Morreu nesta quinta-feira o ex-prefeito do Rio de Janeiro Roberto Saturnino Braga, aos 93 anos. Ele estava em cuidados paliativos no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul carioca, quando faleceu em decorrência de doença pulmonar obstrutiva crônica. Vindo de uma família de políticos, iniciou a carreira como deputado federal em 1963, mesmo cargo do pai e do avô. Em 1966, a sua candidatura à reeleição foi impugnada pela Ditadura Militar. Na década seguinte, foi senador pelo Rio de 1975 a 1985 após filiar-se ao MDB. Em 1986, foi eleito prefeito do Rio de Janeiro pelo PDT, o primeiro após a redemocratização do país. Mas, desentendimentos com Leonel Brizola o levaram a romper com o partido e se filiar ao PSB. Também foi vereador na cidade do Rio e secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói. Em 1998, voltou ao Senado, onde encerrou a carreira política.

Em uma rede social, o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que Saturnino Braga foi “um dos mais dedicados e corretos homens públicos que a cidade do Rio de Janeiro já conheceu”. Em nota, a Câmara de Vereadores afirma que o ex-prefeito foi “um gestor atuante, e sempre a favor dos que mais precisavam”. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), decretou luto de três dias e declarou que Saturnino “exerceu com coragem e afinco seus mandatos, sempre defendendo os interesses da população brasileira”. O velório será nesta sexta-feira no Palácio da Cidade. Viúvo, ele deixa três filhos. (g1)

Míriam Leitão: “Roberto Saturnino Braga deixa um legado importante de como passar pela política de forma correta. Em uma entrevista ele disse que ser político era a mais nobre das tarefas porque era cuidar do interesse público e representar as pessoas. É bom ouvi-lo novamente para que a gente possa lembrar qual é, afinal, a principal função da política. Nas tantas crises brasileiras, a gente se esquece dos fundamentos. No dia da sua morte, aos 93 anos, o importante é destacar que ele deixa principalmente um legado de honestidade ligado ao seu nome.” (Globo)