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Prezadas leitoras, caros leitores —

Hoje o Meio faz 8 anos.

O Meio nasceu no dia seguinte ao primeiro turno da eleição municipal de 2016. A ex-presidente Dilma Rousseff havia sido afastada em definitivo do cargo pelo Senado Federal fazia um mês, e o ex-presidente Michel Temer ainda não tinha sido flagrado numa conversa de porão. A Operação Lava Jato era popular, e, na expectativa de boa parte dos analistas, na eleição de 2018, o presidente Lula e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin se enfrentariam pelo Planalto. Alckmin provavelmente se elegeria, dado o desgaste do PT. Ao longo dos doze meses anteriores, de acordo com o Datafolha, o governo Dilma chegou à aprovação de algo entre 8% e 11% dos brasileiros. Nem Fernando Collor havia ido tão baixo.

Como o Brasil mudou nestes oito anos.

Porque o Brasil mudou muito, defender a democracia e lutar para que a política volte a ser debatida entre a centro-esquerda e a centro-direita se tornou a missão do Meio. Nossa ideologia é esta: a da Democracia Liberal. É por esta missão, e por compreender que a extrema direita e a esquerda canceladora ocuparam os espaços do digital, que lançaremos a partir de hoje alguns produtos novos.

O primeiro anunciamos agora. É um streaming. Como Netflix, como Globoplay, como Disney+. Um app na sua televisão, no celular, no tablet ou então no computador, pela web. Seu nome, como não poderia deixar de ser, é Meio Premium.

Todo assinante premium do Meio terá acesso ao streaming. Hoje, os assinantes mais antigos e os pioneiros começarão a receber convites para acessar. Ainda antes do final do mês os demais assinantes terão acesso.

Os convites, com instruções para criar login e senha, começarão logo a chegar pelo mesmo email em que recebem nossas newsletters.

O Meio Premium será o espaço de programas e documentários produzidos por nós, além de outros que já começamos a licenciar. Trataremos de história, de ciência, de religião e, claro, de política. Lá, nossos assinantes também poderão assistir ao que produzimos para o YouTube.

Desde que lançamos o Meio, nos comprometemos a produzir informação para o ambiente digital onde todos já criamos hábitos de consumo. Por isso estamos no email, nas redes sociais, nos podcasts, no YouTube e, agora, no streaming.

Mas há uma segunda razão para começarmos a produzir vídeo com a qualidade superior que a TV da sala exige e em mais formatos: a ideia de “o que o Brasil é” está em disputa e parte desta briga ocorre justamente nos formatos do streaming. Em algum lugar é preciso mostrar o Brasil do passado e o do presente sem teorias conspiratórias ou vontade de dividir nós brasileiros em tribos fragmentadas.

Compreendemos que apresentar uma ideia de Brasil que reconheça o que o passado foi, com todos seus imensos problemas, mas sem abrir mão de caminharmos juntos no presente é parte de nossa vocação. É nossa missão.

O Meio Premium, nosso streaming, não é o único produto que nossos assinantes premium recebem. O primeiríssimo foi a Edição de Sábado. E, para celebrar este aniversário, a partir de hoje e até o final do mês abriremos diariamente para a leitura de todos uma edição fechada. São artigos e reportagens sobre toda sorte de assuntos. É para quem não for premium saber o que está perdendo 😉

Começamos hoje, com a excelente edição do sábado passado, em que o repórter Caio Barreto Briso contou os dramas de quem se viciou em apostas online.

O Meio, cada vez mais, será o lugar na internet de defesa da moderação, do diálogo, da pluralidade. Da democracia. Ajude a promover essa ideia.

Assine. Agora é hora de apostar num Brasil que siga, ora, o caminho do Meio.

— Os editores.

Biden pede que Israel não bombardeie centrais nucleares do Irã

Foto: Mandel Ngana/AFP

Frente ao temor de uma guerra total no Oriente Médio, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que não apoia ataques às instalações nucleares do Irã como resposta ao lançamento de quase 200 mísseis contra Israel na terça-feira. Biden disse que vai “discutir com os israelenses o que vão fazer”, acrescentando que todos os aliados do G7 concordam que qualquer resposta deve ser proporcional. E deixou claro que mais sanções serão impostas ao Irã. Já o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, disse que seu país “não procura a guerra”, mas que Israel está forçando-o a reagir. Ele reiterou que o Irã “dará uma resposta mais forte”, se Israel retaliar. No Conselho de Segurança da ONU, que realizou uma reunião de emergência, o secretário-geral António Guterres, considerado persona non grata por Israel ontem por pedir o fim da escalada de violência, mas não mencionar o Irã, afirmou que as coisas “passaram de ruins para muito, muito piores”. (BBC)

Pela primeira vez desde 2006, o bairro de Bashoura, no coração de Beirute, foi atacado por Israel na noite de ontem, madrugada de hoje no horário local. Além disso, três explosões abalaram os subúrbios ao sul da capital. Segundo o Ministério da Saúde libanês, ao menos seis pessoas morreram e sete ficaram feridas. Os demais ataques israelenses de ontem mataram outras 46 pessoas. E oito soldados israelenses morreram ontem durante operações terrestres no território libanês, que deixaram um oficial e quatro soldados “gravemente feridos”. O Exército do Líbano disse que as tropas do Estado hebreu romperam a fronteira à força, avançando cerca de 400 metros, mas se retiraram. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, enviou condolências às famílias e destacou que o país continua preso “no meio de uma dura guerra contra o eixo do mal do Irã”, que busca “destruir Israel”. (CNN)

David E. Sanger: “A tão temida guerra mais ampla no Oriente Médio está aqui. As principais questões agora são até que ponto o conflito poderá se intensificar e se as próprias forças dos EUA se envolverão mais diretamente. Os últimos dias podem ter sido um ponto de virada. Desde que Israel matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na sexta-feira, o governo Biden mudou, deixando de alertar sobre uma guerra mais ampla para tentar administrá-la. As autoridades defendem o direito de Israel de contra-atacar o Irã, mas desaconselham ataques diretos a suas instalações nucleares para não deixar o conflito fora de controle”. (New York Times)

James Shotter: “Uma alternativa, que diplomatas dizem que as capitais ocidentais têm tentado persuadir Israel a escolher, seria atingir os lançadores de mísseis iranianos. Argumentam que isso seria visto como uma resposta simétrica e menos provável de desencadear um novo ciclo de retaliação. Israel também poderia visar figuras importantes do Irã em vez de infraestruturas. Mas a linha-dura quer que Israel vá mais longe e aproveite a oportunidade criada pela fraqueza do Hezbollah para atacar o programa nuclear da república islâmica, vista como sua mais grave ameaça estratégica”. (Financial Times)

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Para provar que Donald Trump pode ser julgado por tentar anular a vitória eleitoral de Joe Biden em 2020, depois de a Suprema Corte ter decidido que presidentes estão imunes a processos por atos oficiais, o procurador especial americano Jack Smith apresentou novas evidências para apoiar sua alegação de que o republicano agiu de forma privada. Um documento de 165 páginas detalha mensagens privadas de Trump com seu vice-presidente, Mike Pence, e outras pessoas. Mostra ainda quantas pessoas disseram a Trump que não havia provas de que a eleição foi roubada. O texto descreve o que Trump fazia em 6 de janeiro de 2020, quando seus apoiadores invadiram o Capitólio. O objetivo do documento é convencer a juíza distrital Tanya Chutkan de que as ações de Trump foram não oficiais e podem permanecer como parte da acusação. (Washington Post)

Os estrategistas das campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo estão às voltas com um problema: o fim da propaganda eleitoral 72 horas antes da votação. O temor é que, nesses três dias de hiato, ganhe peso o domínio inconteste de Pablo Marçal (PRTB) nas redes sociais, o que pode impulsionar o ex-coach na reta final. Mesmo os anúncios pagos na internet estão proibidos nesse período, dando vantagem a quem tem um alcance maior e um impulsionamento orgânico por parte dos seguidores. (Globo)

Imaginado inicialmente como principal cabo eleitoral de Nunes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) frustrou o prefeito. Em sua live na noite de quarta-feira, apesar de citar o emedebista como “nosso candidato”, ele não pediu votos e preferiu deixar claro que a prioridade é derrotar “o candidato do Lula”, numa referência a Boulos. Uma boa parcela do eleitorado e até de aliados do ex-presidente aderiu a Marçal. (UOL e Globo)

Meio em vídeo. Aperte os cintos. Vai ser com emoção. A dias da eleição municipal, quem pega as pesquisas de qualidade não consegue bancar quem chega ao segundo turno em São Paulo e em Belo Horizonte nem mesmo se haverá ou não segundo turno no Rio. Por que as pesquisas estão tão diferentes? Entenda no Ponto de Partida, com Pedro Doria. (Meio)

A Lupa, plataforma de combate à desinformação referência no país, parceira deste Meio nesta eleição e que produz a Ebulição, testará hoje os limites da checagem. A equipe vai verificar, ao vivo e de forma simultânea, o grau de veracidade do que dirão 13 candidatos nos debates finais na corrida às prefeituras de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. É a primeira vez que o fact-checking brasileiro leva à audiência a checagem de três eventos simultâneos. As conclusões sobre o que é verdadeiro e falso serão publicadas no site da Lupa, no Instagram e no BlueSky. Os encontros, promovidos pela TV Globo, começam às 22h.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou ontem que foi importunada sexualmente por Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos. Durante uma hora, ela relatou a uma delegada que as “abordagens inadequadas”, como definiu, começaram no fim de 2022, quando ambos entraram no grupo de transição de governo após a vitória de Lula nas eleições presidenciais. As abordagens, segundo ela, foram se intensificando até chegarem à importunação física, conta Mônica Bergamo. Ele nega as acusações. (Folha)

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Viver

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defendeu ontem a suspensão temporária do Pix como meio de pagamento para apostas online. Cerca de 90% das apostas usam essa forma de pagamento. Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a entidade citou a possibilidade de impor limites nas transações via Pix, como ocorre à noite. E desde terça-feira o uso de cartão de crédito para pagamento de apostas e jogos online foi proibido pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. (Folha)

E o presidente Lula convocou uma reunião para hoje sobre as apostas online com os ministros da Fazenda, Saúde, Esporte, Casa Civil e Desenvolvimento Social. Espera-se que após o encontro seja anunciado um pacote de medidas para atenuar os problemas financeiros e de saúde provocados pelos jogos. Uma das alternativas seria bloquear a função débito dos cartões para transferências em sites de bets, inclusive para não beneficiários do Bolsa Família. (Globo)

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Montanha mais alta do mundo, o Monte Everest está crescendo a uma taxa inesperada. Segundo estudo publicado na revista Nature Geoscience, o fenômeno está relacionado à erosão causada pela fusão dos rios Arun e Kosi, que ocorre há cerca de 89 mil anos. Isso remove grandes quantidades de sedimentos da região do Himalaia, causando uma elevação contínua do Everest e das montanhas vizinhas. O estudo conclui que o Everest cresce cerca de 2 milímetros por ano, acumulando de 15 e 50 metros ao longo de milênios. (g1)

Panelinha no Meio. Ninguém precisa ser o Garfield para amar lasanha, e cogumelos só não são divinos se forem venenosos. Agora imagine os dois juntos e preparados de uma forma que não suja muita coisa nem precisa ir ao forno. Conheça a lasanha com ragu de cogumelo em uma panela só e se delicie.

Cultura

Loucura, violência, canções e grandes atuações. É o que podemos esperar de Coringa: Delírio a Dois, principal estreia de hoje nos cinemas. Joaquin Phoenix retoma o papel do palhaço homicida que lhe valeu o Oscar, agora com Lady Gaga soltando a voz como sua cúmplice-namorada Arlequina. A lista de filmes tem ainda duas tocantes histórias de amor, uma entre jovens de uma aldeia do Senegal e a outra envolvendo um casal já idoso que descobre novas facetas após décadas de relacionamento. E ainda uma animação brasileira com uma premissa provocadora: uma máquina pode ser mais humana que as pessoas? Confira todas as estreias e veja os trailers no site do Meio. (Meio)

Dez anos após publicar seu último romance, Americanah, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie lançará em março de 2025 A Contagem dos Sonhos, que chega ao Brasil pela editora Companhia das Letras com tradução de Julia Romeu. A nova obra da autora best-seller discute a natureza do amor por meio das vivências de quatro mulheres e seus amores, saudades e desejos. Elas vivem um momento de reflexão sobre as escolhas que fizeram ao longo da vida e as que lhes foram impostas. Chimamanda, que já escreveu sobre feminismo, aculturação e imigração, agora aborda a maternidade e reflexões sobre o mundo interconectado. (Folha)

A dupla brasileira Angela Detanico e Rafael Lain é uma das quatro finalistas do prestigioso prêmio Marcel Duchamp, criado para promover as artes plásticas e visuais francesas. De ontem a 6 de janeiro, os finalistas expõem suas obras no Centro Pompidou de Paris. O coletivo Detanico & Lain apresenta a instalação Flowering of Light (O Florescimento da Luz) em três partes: a relação entre campos de galáxias no começo do Universo e campos de flores, uma constelação de estrelas e os nomes dos mares da lua projetados em um disco de pedras brancas. O vencedor será anunciado no próximo dia 14. (RFI)

Cotidiano Digital

Menos notada do que outras novidades anunciadas no novo iOS 18, um ajuste importante em um recurso que permite aos usuários escolher quais contatos de sua lista compartilhar com um aplicativo pode prejudicar o desenvolvimento de novos apps sociais. A “sincronização de contatos”, como é conhecida pelos desenvolvedores, foi uma ferramenta fundamental para o crescimento de novas redes sociais e serviços de mensagens nas últimas décadas, como Instagram, WhatsApp e Snapchat. Com a atualização, críticos dizem que apps baseados em amigos se tornam “mortos na chegada”. A Apple justifica a mudança alegando que melhora a privacidade. (New York Times)

A OpenAI concluiu sua rodada de investimentos ao arrecadar US$ 6,6 bilhões de grandes empresas tecnológicas lideradas por Thrive, Microsoft, Nvidia e SoftBank. Com o novo aporte, a dona do ChatGPT passa a ser avaliada em US$ 157 bilhões, quase o dobro dos US$ 80 bilhões do início deste ano e bem acima dos US$ 29 bilhões de 2023. “O novo financiamento nos permitirá dobrar nossa liderança em pesquisa de IA de ponta, aumentar a capacidade de computação e continuar a construir ferramentas que ajudem as pessoas a resolver problemas difíceis”, afirmou a companhia. A empresa tem 250 milhões de usuários ativos semanais no ChatGPT, que tem 11 milhões de assinantes na versão Plus e 1 milhão de usuários empresariais pagantes. (CNBC)

A IA tende a assumir algumas funções humanas, inclusive as fofocas de corredor. O pesquisador e engenheiro Alex Bilzerian contou no X que, após uma reunião com investidores pelo Zoom, recebeu um e-mail automatizado da Otter.ai, um serviço de transcrição com um “assistente de reunião de IA”, que lhe encaminhou toda a conversa em texto, incluindo a parte ocorrida depois que ele saiu, quando os investidores discutiram as falhas estratégicas e métricas adulteradas de sua empresa. Outros funcionários que utilizam esses recursos de IA também correm o risco de serem constrangidos ao compartilharem informações prejudiciais. (Washington Post)

Nossa página de Pioneiros está de cara nova. Não sabe o que são os Pioneiros? Então você está perdendo a chance de combater a praga da desinformação que assola este país e ainda ganhar brindes e vantagens. Corre lá!

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