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O Hezbollah confirmou que Hassan Nasrallah, líder de longa data da milícia apoiada pelo Irã, foi morto após ataques aéreos israelenses atingirem a área que abriga seu quartel-general subterrâneo perto de Beirute, no Líbano. Figura proeminente entre as forças anti-Israel em todo o Oriente Médio e além, Nasrallah desempenhava múltiplos papéis na vida dos membros do Hezbollah, servindo simultaneamente como guia religioso, estrategista político e comandante-chefe.

Israel vinha acompanhando seus movimentos há meses e decidiu atacar porque acreditava ter apenas uma pequena janela de tempo antes que ele se mudasse para um local diferente, disseram autoridades israelenses. Sua morte leva o conflito na região a outro patamar. Tanto o Hezbollah quanto o chefe de estado-maior das forças armadas de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, prometeram continuar seus ataques.

O ataque israelense aprofundou as tensões entre a administração do Presidente Biden e o governo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Autoridades israelenses não deram aviso prévio aos seus colegas americanos sobre o ataque, segundo autoridades dos EUA, que já estavam irritadas pelo fato de que Netanyahu ignorou uma proposta de cessar-fogo de 21 dias feita pelos EUA e pela França. Agora, as autoridades americanas estão preocupadas com o possível alastramento de uma guerra que poderia envolver a região, após quase um ano de esforço por parte de Biden para prevenir a escalada.

Em uma declaração emitida na manhã de sábado, o presidente dos EUA não expressou arrependimento pela morte de Nasrallah, mas pediu aos combatentes na região “para desescalar os conflitos em andamento” e concordar com acordos diplomáticos para encerrar os combates. (New York Times)