Netanyahu nega cessar-fogo; Casa Branca não consegue explicar declaração do premiê

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A Casa Branca não soube explicar nesta quinta-feira a aparente desconexão entre o apelo dos Estados Unidos e outros países por um cessar-fogo de 21 dias no Líbano e a afirmação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que notícias sobre uma trégua iminente são “incorretas”. Apesar disso, o governo americano reiterou que a declaração de quarta-feira sobre um cessar-fogo foi alinhada com o Estado judeu. “A declaração foi de fato coordenada com o lado israelense”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. As discussões entre os negociadores em Nova York, disse ela, estão “em curso” e são “coordenadas com o lado israelense”. Depois de Netanyahu ter dito que não há indicação de um fim das hostilidades, o secretário americano de Defesa, Lloyd Austin, defendeu vigorosamente um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. “Deixe-me ser claro: Israel e o Líbano podem escolher um caminho diferente”, disse Austin em Londres. “Apesar da forte escalada dos últimos dias, uma solução diplomática ainda é viável.” Mas o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que os militares têm “missões adicionais a cumprir” na sua luta contra o Hezbollah, à medida que avançam com ataques intensos contra o grupo militante. (CNN)

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E em mais um sinal de que as ações israelenses no Líbano estão longe de acabar, a Força Aérea de Israel anunciou que está se preparando para ajudar as tropas no caso de uma invasão terrestre. O major-general Tomer Bar disse em vídeo que a decisão de lançar uma manobra conjunta em solo libanês não cabe a ele, mas que está pronto se isso ocorrer. Ele acrescentou que o objetivo atual da Força Aérea é impedir transferências de armas do Irã para o Hezbollah. (BBC)

O conflito já fez mais uma vítima brasileira. Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú (SC), morreu em um bombardeio israelense, segundo seu tio Ali Khalen. A informação ainda não foi confirmada pelo Itamaraty. “Ela estava em casa, saiu do local do bombardeio e voltou para casa com o pai para pegar coisas da escola para os irmãos, pegar roupas e voltar para onde estavam. Na hora que chegaram em casa, atacaram eles, morreram dentro de casa”, disse. O nome e a nacionalidade do pai não foram informados. Na véspera, o Ministério das Relações Exteriores anunciou a morte do primeiro brasileiro no Líbano, o adolescente Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. (Band)

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