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Pesquisas recentes acenderam um alerta para Javier Milei, presidente da Argentina, revelando que, pela primeira vez, o índice de desaprovação de seu governo alcançou 50%. Em algumas sondagens, já são quatro meses seguidos de queda na avaliação do governo, atribuída, em parte, ao fim dos subsídios às tarifas de serviços públicos, um ajuste fiscal que está afetando severamente as classes mais baixas e ainda não foi exitoso em melhorar a inflação e o crescimento econômico do país. De acordo com um estudo da Fundação Mediterrânea, Milei está implementando o ajuste mais drástico já visto na Argentina em 65 anos.

No monitoramento mensal de setembro, 50% dos entrevistados acreditam que suas economias familiares vão piorar nos próximos meses, e 52% se endividaram no último mês para cobrir gastos domésticos, outro dado mostra que as vendas de supermercados caíram 17,2% em agosto. As três principais preocupações citadas são a inflação, os baixos salários e o aumento das tarifas. Além disso, a confiança no governo caiu 14,8%, atingindo seu nível mais baixo desde a posse de Milei e já inferior à de seus antecessores, Mauricio Macri e Alberto Fernández. As críticas estão vindo até do Vaticano: o Papa Francisco condenou a repressão a trabalhadores que pedem direitos. (Globo)