Fazenda vai monitorar endividamento com apostas por CPF, diz secretário

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail

Assine agora. É grátis.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta quarta-feira que a pasta tem “enorme” preocupação com o crescimento rápido dos jogos on-line no país e com o risco de aumento do endividamento. Segundo ele, as plataformas autorizadas a operar no país terão obrigação de compartilhar informações com a Fazenda para o controle do endividamento por CPF. Ele lembrou que esse setor foi legalizado em 2018, no governo de Michel Temer, mas atuou por seis anos sem regulamentação. Durigan afirmou que já foram editadas dez portarias sobre o tema e lembrou que, a partir do mês que vem, só poderão operar empresas que pediram autorização. Além disso, em janeiro de 2025, todas as regras da lei aprovada no ano passado entrarão em vigor. “A aposta, no agregado, é sempre motivo de perda, porque a banca sempre ganha. Tem que ter conscientização que pode ser opção de lazer, que o jogo tem que ser responsável, que tem que ser feito com cuidado, seja de saúde mental ou endividamento.” (Globo)

PUBLICIDADE

A divulgação do tamanho do mercado das bets surpreendeu o comércio varejista e as empresas de apostas. Bancos têm coletado mais dados sobre a pesquisa do BC e devem publicar relatórios alertando os clientes sobre os efeitos das bets no consumo. E ganhou fôlego a tese de que o avanço sem regulação das bets desvia renda para jogos de forma preocupante. Já as empresas de jogos criticaram os números publicados. Segundo dois executivos desse mercado de apostas, falta clareza da metodologia utilizada pelo BC na coleta dos números em sua base de dados. “Mesmo os estudos com números mais elevados falavam num gasto anual entre R$ 60 bilhões e R$ 130 bilhões em ‘bets’ no Brasil. Ao se considerar os jogos de azar nessa conta, esses R$ 240 bilhões anualizados com base no BC são muito fora do que se estimava”, diz o diretor de uma das maiores bets do país. (Valor)

O BC identificou que, de janeiro a agosto, o brasileiro destinou via Pix entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês às empresas de apostas, totalizando mais de R$ 166 bilhões — sem descontar eventuais prêmios recebidos. Se o mínimo mensal registrado até agora fosse observado no ano todo, o valor bruto só com Pix já somaria R$ 216 bilhões. Considerando a média observada nos meses passados, o total chegaria a R$ 249 bilhões. (Folha)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.