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A inteligência artificial ajudou um grupo de arqueólogos a descobrir em poucos meses quase tantos geoglifos no deserto de Nazca, no Peru, quanto os encontrados no século passado e batizados como Linhas de Nazca. Os primeiros geoglifos, feitos há mais de dois mil anos, foram descobertos na década de 1930 por aviadores peruanos. No final do século, foram identificados mais de uma centena, como o conhecido beija-flor. Apoiados por imagens de satélite de alta resolução, arqueólogos japoneses encontraram mais 318 a partir de 2004. Essa mesma equipe, liderada pelo cientista Masato Sakai, da Universidade Yamagata, desconfiou que houvesse mais desenhos e pediu ajuda à divisão de IA da IBM. A partir das fotos de alta resolução obtidas de aviões e satélites, o sistema Watson, da IBM, identificou em pouco tempo 303 novas imagens. O olho humano precisaria de anos, senão décadas, para analisar todos os dados. (El País)