Atividades e ‘propósitos’ ajudam a lidar com o avanço do Alzheimer, diz especialista

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De acordo com o Ministério da Saúde, há hoje no Brasil 1,2 milhão de pessoas com a doença de Alzheimer e aproximadamente 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. Por ser uma doença degenerativa com um desenvolvimento muito lento, seus sintomas começam a se manifestar a partir dos 60 anos, embora haja raros casos em que eles surgem em pessoas mais jovens. Estudos publicados na última semana revelam que novos marcadores em exames de sangue podem ajudar a identificar precocemente a doença – embora ela não tenha cura, é possível ações que retardem seu desenvolvimento e garantam melhor qualidade de vida aos pacientes.

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É o que defende Cristina Cristovão Ribeiro, fisioterapeuta, doutora em Gerontologia e organizadora do livro Propósito de Vida da Pessoa Idosa. “Hoje temos vários fatores que podem prevenir a ocorrência de algum tipo de demência, tais como: exercício físico, alimentação saudável, controle do colesterol, convívio social – é muito importante envelhecer com amigos e com o apoio de uma rede social, entre outros fatores”, explica.

O mês de setembro é dedicado em especial a campanhas contra a doença, com o dia 21 sendo estabelecido como Dia Mundial do Alzheimer pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, e não se sabe exatamente o que a causa, embora cada vez mais pesquisas apontem fatores genéticos. A doença acontece quando o processamento de proteínas do sistema nervoso central não funciona corretamente, deixando fragmentos tóxicos de proteínas dentro dos neurônios e no espaço entre eles.

Os primeiros estágios da doença são marcados alterações na memória e nas habilidades visuais e espaciais, evoluindo para dificuldade em falar, falta de coordenação motora e incontinência urinária e fecal, entre outros sintomas graves.

O estabelecimento de atividades e propósitos é fundamental para combater o avanço da demência, avalia Cristina Cristovão Ribeiro. “O que a pessoa deseja, o que a motiva para viver, tudo isso ajuda muito na estimulação cognitiva, para que ela tenha o desenvolvimento da memória, da concentração e da atenção no dia a dia”, diz a especialista.

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