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Copom retoma alta de juros e eleva Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano

Como esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano. Assim, encerrou uma série de duas reuniões consecutivas em que optou por manter a Selic inalterada, após um ciclo de flexibilização iniciado em agosto de 2023, que fez a taxa cair de 13,75% a 10,50% ao ano. O novo patamar é igual ao que vigorou entre 21 de março e 8 de maio deste ano. E esta foi a primeira alta da Selic desde agosto de 2022.

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Em seu comunicado, o comitê destacou o ambiente externo desafiador, “em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed”. Do ponto de vista doméstico, apontou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado e que a inflação medida pelo IPCA cheio e medidas subjacentes se situaram acima da meta nas divulgações mais recentes. “O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, afirma o comitê.

O Copom destaca também que “entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. Em relação aos próximos passos, o Copom afirma que o ritmo e a magnitude total do ciclo serão ditados pelo compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução do índice de preços, “em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

O texto trata ainda da questão fiscal, afirmando que o Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes que impactam a política monetária e os ativos financeiros. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.”

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