Agro será mais afetado por clima do que por juros, diz especialista
Menos Campos Neto, mais São Pedro? Segundo o economista Felippe Serigati, coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócio da FGV Agro, o Banco Central será obrigado a elevar os juros devido à inflação próxima do teto da meta e às expectativas desancoradas para 2025, mas a alta de juros, para ele, não tem o mesmo impacto no agronegócio que em outros setores, como a indústria. Para o agro, o clima desempenha um papel muito mais decisivo, e em 2023, mesmo com juros altos, o Brasil teve uma safra recorde. Segundo o economista, as queimadas terão um impacto prolongado sobre culturas permanentes como café, laranja e cana-de-açúcar, enquanto o efeito nas culturas temporárias, como hortaliças, será pontual. Serigati também mencionou que, embora possa haver um aumento nos preços dos alimentos pela crise do clima, o peso da bandeira tarifária de energia na inflação será maior que o dos alimentos. (Globo)