Lula indica Galípolo para substituir Campos Neto na presidência do Banco Central

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O favoritismo de Gabriel Galípolo foi confirmado. O atual diretor de Política Monetária do Banco Central foi oficialmente indicado nesta quarta-feira pelo presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto na presidência da autarquia. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. O economista ainda precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado. Além disso, Campos Neto segue no posto até 31 de dezembro, quando finaliza seus quatro anos de mandato.

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Haddad disse que o governo vai começar a trabalhar para definir os três nomes que vão compor a diretoria do BC. Além da saída de Galípolo da diretoria de Política Monetária, os mandatos de outros dois diretores, de Regulação e Relacionamento e de Cidadania e Supervisão de Conduta, estão chegando ao fim. Os três escolhidos também precisam do aval dos senadores. Todos os indicados passarão pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e, em seguida, por votação secreta no plenário da Casa. (g1)

Sobre a indicação, Galípolo se disse honrado e contente, mas reconheceu que se trata de uma grande responsabilidade. “Vou ser breve, a indicação ainda depende da aprovação do Senado. Então, por respeito, serei breve, mas, na mesma magnitude, é uma honra, prazer e responsabilidade imensa ser indicado à presidência do BC do Brasil pelo presidente Lula e o e ministro Fernando Haddad. É uma honra enorme e grande responsabilidade, e estou muito contente”, disse.

Em nota, Campos Neto parabenizou Galípolo pela indicação e disse que, “após a sabatina e a aprovação pelos senadores, a transição dos mandatos será feita da maneira mais suave possível, preservando a missão da instituição”. (Meio)

Bem próximo a Lula, Galípolo, de 42 anos, atuou na campanha do petista, na equipe de transição e, foi o número dois no Ministério da Fazenda, como secretário executivo da pasta, até assumir a Diretoria de Política Monetária do BC em maio de 2023. Nas últimas semanas, ele deu uma série de declarações para destacar sua autonomia em relação ao governo, afirmando, por exemplo, que a definição da taxa de juros é uma decisão puramente econômica e que todos os diretores estão dispostos a fazer o que for necessário para cumprir a meta de inflação. (UOL)

A confirmação da indicação de Galípolo foi recebida com cautela por ex-membros da autarquia. “Não podemos repetir a Dilma”, disse Arminio Fraga, que presidiu o BC entre 1999 e 2002, à coluna de Raquel Landim, referindo-se à guinada de Alexandre Tombini na política monetária, cortando juros e contrariando as expectativas. Já para Tony Volpon, ex-diretor do BC, a proximidade entre Galípolo e Lula pode ser um trunfo, se o economista construir uma relação parecida com a que havia entre o petista e Henrique Meirelles, que comandou a autoridade monetária nos dois primeiros mandatos do atual presidente. “O Meirelles conseguia explicar para o Lula quando era preciso subir os juros”, afirmou. Para o também ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman, há riscos de interferência política: “Ele vai ter que pagar um pedágio e construir credibilidade. Se não pagar, o dólar vai dar um salto”. (UOL)

Míriam Leitão: “A indicação de Galípolo era pedra cantada, mas o fato de ter sido confirmado o que se esperava não torna a sua vida mais fácil. Galípolo enfrentará uma inflação alta e pressionada. Não é fora de controle, nem fora da meta, mas muito perto do teto da meta, o que faz com que ele tenha que agir, pelo manual das metas de inflação. Isso significa na língua do mercado elevar a taxa de juros, no mesmo dia em que o Fed estará iniciando o relaxamento da política monetária. Naquele dia 18 de setembro, o presidente ainda será Roberto Campos, mas o poder estará dividido entre os dois”. (Globo)

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