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No dia seguinte ao anúncio do novo presidente da Vale, o presidente Lula criticou o modelo de controle da mineradora. “A Vale, que tinha uma diretoria, eu sabia quem era o presidente, a gente sabia quem era. Hoje nessa discussão que a gente está, de fazer um acordo para receber dinheiro de Mariana (MG), o dinheiro que prometeram para o povo, você não tem dono. Uma tal de corporation que não tem dono, monte de gente com 2%, monte de gente com 3%. É que nem cachorro de muito dono, morre de fome, morre de sede porque todo pensa que colocou água, todo mundo pensa que deu comida e ninguém colocou”, afirmou Lula em evento da Telebras. O processo de sucessão foi marcado por tentativas do governo de indicar o CEO da empresa. O nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega esteve entre os cogitados por Lula. Mas Gustavo Pimenta, atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, é quem vai assumir o lugar de Eduardo Bartolomeo. (Globo)

A reunião do Conselho de Administração que levou à escolha de Pimenta durou dez horas, segundo fontes. O executivo defendeu a melhoria de aspectos como o inchaço da área corporativa. Desde o acidente de Brumadinho, em 2019, o total de setores da empresa aumentou de duas a três vezes, com o corporativo sufocando o operacional. Pimenta também teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes e que o relacionamento com comunidades e governos também precisa melhorar. (Estadão)

A escolha de Pimenta foi vista como positiva pelo mercado por dar continuidade aos principais pontos da gestão de Bartolomeo em um momento em que há questões relevantes a serem solucionadas. Entre os desafios da Vale está o acordo sobre o desastre de Mariana (MG), a renovação das concessões ferroviárias, licenciamentos e ruídos com o governo. (Valor)